Eleição decorre esta semana no Parlamento Regional mas já há acordo entre PSD e PS sobre a eleição de Piedade Lalanda
A diretora do Serviço Diocesano da Pastoral Social, Piedade Lalanda, vai ser proposta para presidente do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA), anunciou hoje o líder social-democrata açoriano José Manuel Bolieiro.
Segundo o também presidente do Governo Regional dos Açores o nome de Piedade Lalanda foi consensualizado entre os dois maiores partidos com assento no Parlamento regional- PSD e PS- , num diálogo que tem por base uma necessidade de valorização das questões sociais e que “nada tem a ver com o juízo de mérito de mandato que agora termina”, em que Gualter Furtado, antigo secretário regional das Finanças, assumiu a liderança do CESA. O presidente do Governo deixou mesmo palavras de apreço , ao “pioneiro na presidência do CESA, muito produtivo no seu trabalho, isento e imparcial”.
Também em declarações aos jornalistas, à saída do encontro entre ambos os líderes, Francisco César referiu que é “importante dar uma ênfase social ao CESA em matérias como a pobreza, a segurança social, a educação”, daí a escolha de Piedade Lalanda, que tem um “trabalho cívico reconhecido” e que teve “uma intervenção política muito importante como deputada e secretária regional”.
Piedade Lalanda é licenciada em Etnologia pela Université Paul Valery – Montpellier/França (1983) e Doutorada em Ciências Sociais pela Universidade de Lisboa (2003), iniciou atividade docente na Escola de Enfermagem em 1983. Entre 1997 e 2001 integrou duas equipas de investigação no ICS/Univ. de Lisboa. Entre 2001 e 2014 ocupou vários cargos políticos de eleição, como vereadora, deputada municipal, deputada regional e Secretária Regional. Desde 2014 ocupa o lugar de Professora Coordenadora da Escola Superior de Saúde e leciona na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade dos Açores. É desde 2019 a responsável pelo Serviço Diocesano da Pastoral Social da diocese de Angra.
Desde o Concílio Vaticano II, a Igreja tem dado ênfase à atuação dos cristãos na política, assumindo sua responsabilidade, como sujeito eclesial, para que a sociedade seja efetivamente justa. O Papa Francisco destaca que todos os cristãos devem e preocupar-se com a construção de um mundo melhor e por políticas públicas que ajudem a mitigar as desigualdades sociais, pugnando pela defesa da dignidade humana.