Ilha concretiza Laboratório da Sinodalidade, previsto no Itinerário Pastoral para o Biénio 2023-2025, implementando a partilha de responsabilidade entre sacerdotes e leigos
O Serviço de Evangelização e Catequese da ilha de São Jorge acaba de escolher duas leigas para orientar os trabalhos da Catequese na ilha, que envolve 115 catequistas e cerca de 600 crianças e jovens.
Na reunião ocorrida esta segunda-feira, no passal da Calheta, foi escolhida a catequista Ana Almeida para presidir à equipa da Catequese que terá ainda Paula Bettencourt e uma religiosa da Congregação das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus. O padre Dinis Silveira, ouvidor e pároco do Topo e Santo Antão, ficará como assistente.
Com a escolha da nova equipa da Catequese São Jorge “conclui” o processo de reorganização da pastoral, que agora “passa a ser liderada por leigos” com a ajuda de sacerdotes cujo papel é, sobretudo de “assistência espiritual”, como disse ao Sítio Igreja Açores o ouvidor padre Dinis Silveira. Esta reorganização pastoral decorre também das propostas constantes no Itinerário Pastoral para o biénio 2023-2025- “Todos, todos, todos: caminhar na Esperança” que sublinha a “necessidade de encontrar e desenvolver estruturas para que a sinodalidade se desenvolva” procurando “cimentar estruturas pastorais de comunhão”, atribuindo “missões a cada elemento de acordo com o seu ministério, criando sentido de responsabilidade por uma determinada tarefa na Igreja, evitando, sempre que possível, o acumular de funções”.
Na reunião, em que estiveram representantes das 13 paróquias da ilha, que serviu também para planear o ano catequético, ficou decidida a sua abertura no dia 5 de outubro, no Parque Natural da Ribeira Seca, estando, assim prevista uma celebração única, com atividades diversas e uma celebração eucarística.
Está, igualmente agendada uma formação em comunicação, nos dias 22, 23 e 24 de outubro, a ministrar pela socióloga Tânia Ferreira, que foi professora no Seminário Episcopal de Angra.
O ano catequético terá como centro a celebração do Jubileu, a partir do estudo da vida de três jovens influencers católicos, que pelo seu testemunho de vida, foram fundamentais na evangelização: o beato Carlo Acutis, jovem italiano, que faleceu aos 15 anos vítima de Leucemia e era especialista na comunicação digital; o brasileiro Guido Schäffer, que foi médico, surfista e seminarista e ainda a Irmã Clare Crockett, Irlandesa de nascimento, cujos processos de beatificação já foram entregues no Dicastério das Causas dos Santos.
Todos os sectores da pastoral da ouvidoria de São jorge são presididos por leigos e os padres são apenas assistentes