Papua-Nova Guiné recebe Francisco, em segunda etapa de viagem-maratona

Foto: Vatican Media

Milhares de pessoas acompanharam passagem do Papa pelas ruas da capital

O Papa deixou a Indonésia pelas 09h45 de sexta-feira (03h45 em Lisboa), após uma cerimónia reservada no aeroporto internacional de Jacarta.

Após um voo de 4693 km e seis horas, Francisco chegou a Porto Moresby pelas 19h10 (10h10 em Lisboa), sendo recebido pelo vice-primeiro-ministro da Papua-Nova Guiné.

O primeiro dia de visita não tem programa oficial, para descanso do Papa e adaptação ao novo fuso horário.

O percurso, em veículo fechado, até à Nunciatura Apostólica, no centro da capital, foi acompanhado por milhares de pessoas, com cartazes e velas.

Esta é a terceira viagem de um Papa ao país da Oceânia, onde São João Paulo II esteve em 1984 e 1995, tendo beatificado Pierre To Rot (1912-1945), mártir, morto durante a ocupação japonesa, na II Guerra Mundial.

O território é particularmente ameaçado pelas alterações climáticas e sofre com conflitos internos, que em janeiro deste ano provocaram motins, com várias mortas.

Já em maio, deslizamentos de terra provocaram centenas de mortos e desalojados.

Situada no sudoeste do Pacífico e a norte da Austrália, a Papua-Nova Guiné é um dos países com o índice de desenvolvimento humano mais baixo do mundo; os seus diferentes grupos étnicos falam mais de 800 dialetos.

O país, membro da Commonwealth, tem de 8,2 milhões de habitantes, 30,6% dos quais católicos, segundo dados do Vaticano; a maioria da população é cristã, sobretudo protestantes.

D. John Ribat, arcebispo de Porto Moresby, foi criado cardeal em 2016, o primeiro na história do país, pelo Papa Francisco.

Os primeiros missionários católicos chegaram à Papua-Nova Guiné no final do século XIX; atualmente, existem 19 circunscrições eclesiásticas, com 390 paróquias, servidas por 29 bispos, 600 padres, 405 seminaristas, 204 irmãos, 943 religiosas e 2933 catequistas.

O primeiro discurso acontece no encontro com autoridades políticas e representantes da sociedade civil, pelas 10h25 (01h25 de Lisboa) de sábado, na APEC Haus, principal centro de conferências da capital; às 17h00 locais, Francisco visita crianças de rua e pessoas com deficiência, apoiadas por instituições de caridade, na ‘Caritas Technical Secondary School’, fundada pelas Irmãs da Caridade de Jesus, da família Salesiana, antes de se reunir com representantes da comunidade católica da Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão.

O domingo começa com a Missa no Estádio “Sir John Guise”, onde se esperam cerca de 20 mil pessoas, antes de nova deslocação de quase mil quilómetros até Vanimo, localidade no norte do país e no interior da selva, com cerca de 10 mil habitantes, para um encontro na Catedral da Santa Cruz e uma reunião privada com missionários, vários dos quais argentinos.

O último dia na Papua-Nova Guiné, na segunda-feira, é marcado pelo encontro com cerca de 20 mil jovens, de novo no Estádio “Sir John Guise”, pelas 09h45 locais (00h45 em Lisboa), antes da cerimónia de despedida no aeroporto internacional e a partida para Díli.

A viagem mais longa do atual pontificado, que começou na Indonésia (3-6 de setembro), passa pela Papua-Nova Guiné (6-9 de setembro), Timor-Leste (9-11 de setembro) e Singapura (11-13 de setembro).

(Com Ecclesia)

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