O Papa renovou hoje os seus alertas contra uma nova guerra mundial, considerando que esse conflito parece agora “imparável”, perante a multiplicação de focos de violência.
Falando aos participantes no 15.º encontro anual da Rede Internacional de Legisladores Católicos, Francisco declarou que “a situação atual de uma terceira guerra mundial travada aos pedaços – existe, a terceira guerra mundial – parece permanente e imparável”.
“A crise atual ameaça seriamente os esforços pacientes da comunidade internacional, especialmente através da diplomacia multilateral, para encorajar a cooperação na resolução das graves injustiças e dos desafios sociais, económicos e ambientais prementes que a família humana enfrenta”, referiu, numa intervenção divulgada pelo portal de notícias do Vaticano.
O encontro reuniu cerca de 170 participantes, o Papa sustentou que todas as guerras são o “fracasso da política e da humanidade”.
“A enorme capacidade destrutiva dos armamentos contemporâneos tornou obsoletos os critérios tradicionais para os limites da guerra”, acrescentou, assinalando que “a distinção entre objetivos militares e civis é cada vez mais inconsistente”.
O discurso defendeu o “desenvolvimento integral das pessoas e dos povos, superando assim as escandalosas desigualdades e injustiças que alimentam os conflitos de longa duração e geram mais injustiças e atos de violência em todo o mundo”.
Francisco pediu atenção especial à defesa do direito internacional humanitário e trabalho em favor de “uma distribuição cada vez mais equitativa dos bens da terra”.
“A guerra não dá esperança. Que o vosso empenho no bem comum, sustentado pela fé nas promessas de Cristo, sirva de exemplo aos nossos jovens”, desejou.
(Com Ecclesia)