O Papa assinalou hoje, no Vaticano, o IV Dia Mundial dos Avós e Idosos, denunciando o “abandono” dos mais velhos.
“O abandono dos idosos é, de facto, uma triste realidade à qual não nos devemos habituar. Para muitos deles, sobretudo nestes dias de verão, a solidão arrisca a tornar-se um fardo difícil de suportar”, declarou, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, instituído pelo Papa, assinala-se no quarto domingo de julho, junto à celebração litúrgica de São Joaquim e Santa Ana (26 de julho).
A celebração de 2024 tem como tema ‘Na velhice não me abandones’, passagem do Livro dos Salmos (Sl 71, 9).
“Esta jornada convida-nos a escutar a voz dos idosos, que dizem ‘não me abandones’, e a responder ‘não te abandonarei’. Reforcemos a aliança entre netos e avós, entre jovens e idosos. Digamos não à solidão dos idosos”, pediu o Papa, antes de pedir uma salva de palmas para todos os avós.
“Digamos não à solidão dos idosos. O nosso futuro depende muito da forma como os avós e os netos aprenderem a viver juntos. Não esqueçamos os idosos”, afirmou.
A mensagem do Papa para este dia alerta para a “solidão e o descarte” em que vivem muitos idosos.
“Não deixemos de mostrar a nossa ternura aos avós e aos idosos das nossas famílias, visitemos aqueles que estão desanimados e já não esperam que seja possível um futuro diferente”, escreve Francisco.
O Vaticano anunciou a concessão de indulgência plenária a todos os que participem nas celebrações liturgias desre domingo e a quem “visitar real ou virtualmente os irmãos idosos necessitados ou em dificuldade (como os doentes, as pessoas sozinhas, as pessoas com deficiência)”.
A concessão estende-se aos “idosos doentes e todos os que, impossibilitados de sair de casa por grave motivo, se unirem espiritualmente às funções sagradas do Dia Mundial”.
(Com Ecclesia)