Missa da Coroação das Sanjoaninas encerra as maiores festas populares em Angra do Heroísmo
Trinta e duas Irmandades da ilha Terceira participaram esta manhã na Missa de Coroação das Sanjoaninas 2024, celebrada na Sé de Angra e presidida pelo pároco, padre Hélder Miranda Alexandre, que exortou os presentes a viverem a fé de forma “intensa e viva”.
“Ao ver estes Impérios sei quanto é grande a vossa generosidade, que se expressa na partilha aos mais pobres. É quando temos um gesto de carinho e de caridade que nos sentimos com vida porque a vida é amor e o amor partilha-se com o outro e expressa-se na caridade para com o irmão” referiu o sacerdote na homilia da Missa na qual participou, entre outros, o elenco executivo camarário bem como a Assembleia Municipal de Angra, principais promotores da festa das Sanjoaninas.
O sacerdote, que preside a esta Missa de Coroação pela primeira vez como pároco da catedral, lembrou que a fé deve ser vivida na entrega e no amor ao próximo e não ficar confinada a uma mera tradição.
“A nossa fé, a nossa religião é de alegria e de festa, não é de tristeza nem de abandono” disse ao fazer uma analogia entre as duas mulheres de que fala a liturgia este domingo- uma menina de 12 anos, filha de Jairo e uma mulher doente que há 12 anos não conseguia controlar a perda de sangue, ambas curadas por Jesus- .
“O Senhor revela-se na vida destas duas mulheres, toca-as. Também nós somos convidados a deixar-nos tocar. Deixemos de lado os barulhos das multidões, a festa, tudo o que é bonito e deixemo-nos tocar” por maiores que sejam os problemas “que nos impedem de levantar a cabeça”.
“Para Jesus não há situações irrecuperáveis”, concluiu.
A Coração é o culminar da festa que começou a 21 de junho e termina este domingo. Depois da Eucaristia, a coroação seguiu para Império dos Remédios, em Angra onde foram distribuídos alfenins e massa sovada.
Este ano as Sanjoaninas lembraram os 50 anos do 25 de abril de 1974.