“Seminário vive tempo de gestação tal como a vossa vida(…) Já são diáconos, mas não deixam de ser jovens”- Reitor do Seminário de Angra

Foto: Igreja Açores/CR/EM

Dia de festa diocesana terminou num jantar no Seminário com as famílias dos novos diáconos

O Bispo de Angra pediu ontem aos três novos diáconos que façam da experiência do estágio pastoral um manual de estima recíproca entre os padres mais velhos e os mais novos. No jantar, que concluiu a festa diocesana, na qual foram ordenados três seminaristas em ordem ao sacerdócio, D. Armando Esteves Domingues sublinhou a importância das famílias, “imprescindíveis” no despontar da vocação, “qualquer que ela seja” e agradeceu aos seminaristas a disponibilidade e a entrega da sua vocação.

“Que a experiência que fizestes com estes padres durante o estágio seja a experiência que podeis fazer daqui para a frente, saindo ao encontro dos padres mais velhos dando-lhes a vossa experiência. Cresçamos na estima recíproca”, afirmou o prelado diocesano lembrando que este último ano tem sido feito com algumas “inseguranças e dificuldades” mas destacando que o Seminário vive  “um momento histórico” em que é preciso “discernir caminhos” e fazer despontar “novas vocações”.

“Já são diáconos, mas não deixam de ser jovens” afirmou, por seu lado, o padre Emanuel Valadão Vaz, reitor do seminário Episcopal de Angra.

“O dia de hoje, para vós caros diáconos, é ponte entre margens. Esta margem foi percorrida no meio de provações, de alegrias e de lágrimas, indefinições, dúvidas , discernimento, de oração e de decisões.  Essa margem estará sempre presente na vossa carne e a qualquer momento podeis visitá-la. Essa margem, por certo, não a quereis esquecer, mas quereis seguir em frente para aquela outra margem desconhecida, ainda, mas capaz  de vos atrair porque tem futuro, que tem vida e desafios que vos vão ser colocados à frente” afirmou.

“Hoje, caros diáconos, a vossa ordenação é ponte entre uma história já vivida, com abundantes vivências pessoais, familiares e sociais, e outra perseverante, audaz e paciente, sem ser fuga para a frente porque o projecto de Deus é sempre feito e percorrido em conjunto” acrescentou ainda o responsável pela instituição que pediu disponibilidade e abertura à ação do Espírito Santo.

“Hoje começa um novo tempo, uma nova gestação como a que o Seminário está a viver neste momento. A vossa gestação é marcada pelo dom da diaconia que recebestes pela imposição das mãos. Que Deus vos ajude a serdes vigilantes na arte do lava-pés”, concluiu.

André Furtado, o ordenando mais velho, com 27 anos, falou em nome dos três e agradeceu a todos os intervenientes neste processo formativo desde as equipas formadoras- atual e cessante-, aos professores e padres, aos funcionários do Seminário, as comunidades onde estagiaram e vão continuar a fazê-lo até novembro, agora na condição de diáconos.

TrÊs nomes estiveram bem presentes em todos os momentos do dia. Em comum têm o facto de já não pertencerem ao mundo dos vivos: a mãe de Leonel Vieira, Teresa Vieira, falecida no inicio do ano; e os padres Ângelo Valadão e Cipriano Pacheco dois professores do Seminário que deixaram marcadas no estudo e compreensão da Teologia.

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