Eucaristia de acção de graças realiza-se este domingo na Igreja de Fátima em Lisboa.
O cónego António Rego assinala hoje os 50 anos de ordenação sacerdotal numa celebração na igreja paroquial de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, evocando o anúncio da mesma mensagem nas diferentes “linguagens mediáticas”.
“Não posso dizer que seja um ‘poliglota’ das linguagens mediáticas, mas fui tentando perceber o que ia chegando, sem me assustar com o que vinha a seguir, com a televisão depois da rádio ou com facto do cinema e a televisão chocarem. Todos têm o seu lugar, nomeadamente o digital”, refere o sacerdote no programa 70×7 hoje emitido na RTP2.
Para o cónego António Rego, continua a ser verdade que “temos de apregoar o Evangelho sobre os telhados, mesmo que seja através da fibra ótica” e que “o mundo digital tem tanta capacidade para transmitir Jesus Cristo comum um quadro de Miguel Ângelo”.
Jornalista na TVI desde 1992, o padre António Rego foi ordenado sacerdote no dia 21 de junho de 1964 e desde cedo iniciou um trabalho pastoral no jornalismo, que não estava nos seus planos.
“Desde muito novo comecei a escrever, mas não estava a pensar que o meu sacerdócio passasse primordialmente pelo jornalismo”, considera o cónego António Rego no programa 70×7, que o próprio iniciou em 1979 e que na emissão deste domingo recorda momentos marcantes do seu percurso biográfico.
“Mergulhei nesse mundo e foi o meu foco principal de atividade e de atenção pastoral. E acho que não estive a perder tempo”, considera.
O cónego António Rego iniciou o trabalho no jornalismo nos Açores, nos primeiros quatro anos como sacerdote, onde foi responsável pelo jornal diocesano e por um programa de rádio, que continuou depois em Lisboa na Rádio Renascença, RTP, RDP, Diário de Notícias, TVI e Agência Ecclesia.
Alguns dos programas que têm por autor António Rego são “Hoje é domingo” (RR), “Esquema XIII” (RR), “Toda a Gente é Pessoa” (RDP), “Homem sem tempo” (RDP), “Alfa e Omega” (RDP), “Andar faz caminho” (RTPAçores), “70×7” (RTP) e “8º Dia” (TVI).
Na imprensa, o cónego António Rego assinou as secções “Palavra entre Palavras” (Diário de Notícias), e “Reflexo” (Agência Ecclesia).
O sacerdote, ordenado há 50 anos na Ilha de S. Miguel, nos Açores, considera que foi uma “boa aventura” tentar “traduzir o religioso” na linguagem dos media e “levá-lo do altar para a realidade”.
“A linguagem religiosa na televisão é um segredo que não sei teorizar. Apenas me apercebo se ela resulta ou não pela capacidade que ela tem de tocar as pessoas e não pelas audiências”, sustenta.
A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima assinala hoje os 50 anos de sacerdócio do cónego António Rego com a celebração de uma eucaristia, a apresentação do livro “A Ilha e o Verbo” e a inauguração de uma exposição sobre o seu percurso biográfico.
A celebração é conjunta com a sua irmã, a religiosa Alda Rego. Ambos são naturais das Capelas, Ponta Delgada e, por isso, vão assinalar as suas bodas de ouro também em São Miguel.
A cerimónia terá lugar no dia 13 de julho, na Matriz das Capelas, pelas 16h00, seguida dum Porto de Honra no Salão da Casa do Povo.
Na véspera, dia 12, no Salão da Casa do Povo, às 21h00, terá lugar o lançamento do livro dos 50 anos, e um apontamento musical com o Grupo de Cantares BELA AURORA, Banda dos Amigos de Capelas e Grupos Corais diversos.
O Cónego António Rego depois de frequentar o seminário episcopal de Angra do Heroísmo foi para Lisboa onde se notabilizou na participação nos meios de comunicação social. Jornalista, escritor, responsável por programas na televisão e na rádio, tem sido um dos grandes evangelizadores nos media e dos media.
Recebeu há quatro anos a medalha de Mérito Municipal da Câmara Municipal de Ponta Delgada.