Jovens celebram o sacramento do matrimónio “cada vez mais tarde” mas  “de forma mais consciente” refere responsável da pastoral familiar

Anita Dias, Pastoral da Família

Diocese de Angra realiza esta quinta-feira o II Conselho Diocesano da Família

Se a falta de vocações, incluindo as laicais, é um problema para a Igreja, no que à vocação do matrimónio diz respeito a grande dificuldade prende-se com o facto de os jovens  celebrarem mais tarde o sacramento do matrimónio, afirma a responsável pela pastoral familiar na diocese de Angra.

“As vocações são uma preocupação constante mas no que respeita ao matrimónio, e nós temos muita esperança na construção das famílias cristãs, a experiência de preparar jovens que pedem este sacramento à Igreja é a de que chegam cada mais tarde, por variadas razões” refere Ana Dias, membro do casal responsável pelo Serviço Diocesano da Pastoral familiar.

Esta quinta-feira a diocese realiza o II Conselho Diocesano da Família, que decorrerá no ambiente digital de forma “a garantir a participação de todos nas diferentes ilhas”,  num dia de semana e terá como ponto alto a conferência de Juan Ambrósio sobre o tema “Atravessados pelo Amor e pela Esperança – Os desafios à Pastoral Familiar na Sociedade atual”.

“Será um momento formativo para os nossos responsáveis, à semelhança do que aconteceu no ano passado quando debatemos os novos itinerários catecumenais propostos pelo Santo Padre” adiantou Ana Dias.

Neste Conselho, que é presidido pelo bispo de Angra, participarão todos os responsáveis pela pastoral familiar nas 17 ouvidorias da diocese e respetivos assistentes bem com o os responsáveis pelos movimentos da família como o Centro de Preparação para o matrimónio, o Encontro Matrimonial, as Equipas de Nossa Senhora e o Movimento Esperança e Vida.

“Esperamos assim que esta formação e esta interligação entre todos, que já está a dar frutos, possa, ainda, ser disseminada noutros ambientes da diocese” refere a responsável.

“Já temos muitas actividades desenvolvidas em conjunto e esse é o caminho” refere ainda sublinhando que “há muita esperança”.

“Hoje os casais que se vão formando quando celebram o sacramento fazem-no de forma mais consciente, porque também chegam mais tarde e muitos já têm experiência de vida partilhada; alguns até já têm filhos, mas querem dar um sentido à sua união” refere a dirigente destacando esta necessidade “de espiritualidade” que é procurada pelos casais.

“A minha experiência pessoal, enquanto membro de um casal que ajuda a preparar a celebração do matrimónio, é a de que os casais que procuram a Igreja fazem-no de forma mais refletida, se calhar até do que aquela que a minha geração há 30 ou 40 anos fazia”.

“Chegam mais tarde mas fazem-no com a consciência da necessidade desta dimensão espiritual da sua relação”, conclui Ana Dias.

A Igreja vive até domingo a Semana da Vida, um momento que é orientado este ano pelo documento  “Dignitas Infinita”, sobre a Dignidade Humana, da Congregação para a Doutrina da Fé.

Este documento destaca “a importância da dignidade humana à luz da antropologia cristã”.

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