19 pessoas terminam a Oficina que decorreu desde Março, num total de 16 sessões.
As 19 participantes da Oficina de Oração e Vida, que ao longo de 16 semanas decorreu em Ponta Delgada, vão realizar este domingo um “Deserto” (última etapa da Oficina), no Colégio de S. Francisco Xavier das 13H30 às 19H30h.
O “deserto” é a última “etapa” da Oficina e consiste num trabalho individual e pessoal de cada “oficinista” que, durante quatro horas, fica sozinho e em silêncio, realizando um conjunto de tarefas a partir da ferramenta essencial da Oficina – a Sagrada Escritura- , com a orientação das guias.
As 16 sessões contaram com um total de 23 participantes mas apenas terminam 19 senhoras com idades compreendidas entre os 40 e os 80 anos.
As Oficinas de Oração e Vida são um movimento eclesial católico, criado por Frei Ignácio Larrañaga, frade franciscano, em 1984, como resultado de Encontros de Experiência de Deus que Frei Inácio realizava há 10 anos.
Presentes desde 1985 nos Açores, ainda que de forma experimental até 2002, data em que foi aprovada pela Santa Sé como associação de Leigos, as Oficinas de Oração e Vida são uma nova forma de evangelização, baseada na Palavra, em que o ponto central de cada Sessão é a leitura e meditação da Palavra.
Trata-se de uma associação exclusivamente laical que tem por objetivo estudar a Biblia e sublinhar a importância do Evangelho na vida quotidiana.
“A Oficina não é uma doutrina, nem uma teoria ou teologia. A Oficina funciona à base de orientações de vida e sua colocação em prática. Trata-se de uma pedagogia experimental, tanto durante a sessão como na prática semanal em casa”, dizem os promotores desta escola de meditação no portal da sua associação – www.tovpil.org – e a oração parte sempre de uma pergunta “O que faria Jesus no meu lugar”.
“O que nós pretendemos é ensinar a orar e a viver porque acreditamos que aprender a orar é aprender a viver”, disse ao Portal da Diocese a Guia Luísa Medeiros, que juntamente com a Guia Isabel Goulart, é a responsável pelo encerramento deste momento de “meditação da Palavra”.
“Orar não consiste numa reflexão intelectual… É uma atividade vital, e as coisas da vida aprendem-se vivendo-as, praticando-as. Por este caráter prático falamos de Oficina, porque tal como em qualquer oficina se aprende a trabalhar aqui aprende-se a orar”, conclue.
O serviço das Oficinas de Oração e Vida, reconhecido e aprovado pela Santa Sé em 1997 e confirmado, segundo Decreto de Aprovação dado pelo Conselho Pontifício para os Leigos em 04 de outubro de 2002, foi desenvolvido pela atividade apostólica do espanhol Frei Inacio Larragana, entretanto falecido em Outubro do ano passado.
Com mais de 18.000 Guias atuando no mundo inteiro, as oficinas visam a iniciação na oração litúrgica e na vida sacramental, valorizando as vertentes evangelizadora e humanitária.