Ouvidoria de Ponta Delgada lança sementes para a criação de uma campo de férias católico para jovens já este verão
A ouvidoria de Ponta Delgada tem em curso durante este fim-de-semana uma formação para animadores da pastoral juvenil com vista à criação do primeiro campo de férias católico na ouvidoria.
A formação está a decorrer no Centro Cívico de Ponta Delgada e envolve cerca de 30 jovens, já ligados a movimentos católicos, que estão a ser orientados por uma equipa do Patriarcado de Lisboa composta por um sacerdote- padre Hugo Gonçalves- e dois leigos- Cláudia Lourenço e Bernardo Gomes- que integram a Pastoral juvenil da diocese de Lisboa.
“Trata-se de uma formação para dar a conhecer os campos de férias católicos e como é que eles podem fazer a diferença na vida de um jovem, de um adolescente, chamando a atenção para o potencial desta ferramenta, o que traz de novo e a logística que é precisa” adiantou ao Sítio Igreja Açores o padre Hugo Gonçalves.
“Um campo de férias é isso mesmo, mas neste caso tem um cunho especial: proporcionar aos jovens a possibilidade de poderem fazer uma experiência da fé com outros jovens; o caminho não é sozinho; há pessoas que vivem a fé e que contagiam com as suas atividades”, adiantou ainda o sacerdote que deixa o principal “ingrediente” desta experiência.
“É um tempo de alegria, de muita brincadeira mas com ingredientes próprios: Jesus, desde logo, que é apresentado com uma linguagem adaptada aos dias de hoje; um Jesus que faz diferença prática no nosso dia a dia, criando amizades, fazendo comunidade” referiu o sacerdote.
Os jovens participantes na formação integram algumas das 18 comunidades paroquiais de Ponta Delgada e é aos jovens de Ponta Delgada que se vão lançar as redes, como adiantou o padre Marco Sérgio Tavares.
“Este tipo de atividades faz falta em Ponta Delgada, para que construamos um campo de férias católico, para sair de uma certa apatia. No ano passado aconteceram muitas atividades mas no pós jornadas é preciso dar seguimento ao que o Papa nos pediu. Por isso, agora não poderemos também deixar arrefecer esta formação e temos de reunir e definir quando e como vai ser este campo que admito no principio possa não ter muitos participantes, mas vamos começar com os mais novos para depois haver continuidade”, esclareceu o sacerdote que é ouvidor de Ponta delgada.
Esta iniciativa da zona da periferia de Ponta Delgada contou com a presença de mais dois sacerdotes desta ouvidoria: os párocos da Fajã de Baixo, padre José Paulo Machado e da Relva e Covoada, padre Bruno Espínola.
“Depois de um pico na nossa vivência eclesial é preciso criar mecanismos que evitem a desistência, do que aprendemos e dos entusiasmos que foram sendo gerados. É preciso continuar o caminho e por isso, penso eu que temos de ir passando de uma pastoral de manutenção para uma pastoral missionária, que vá ao encontro para apresentar o essencial da nossa fé, seja às pessoas que estão dentro sejam aos que estão fora para mostrar que a fé não é uma coisa do passado mas fala ao concreto da minha vida”, referiu, por outro lado o padre Hugo Gonçalves, pároco na paróquia do campo Grande, em Lisboa.
“Não há uma receita, mas os campos são uma ferramenta extaordinária para fazer esse caminho de integração da fé na nossa vida” referiu ainda ao sublinhar que do pouco que viu em Ponta Delgada “há esperança e entusiasmo”.