Por Renato Moura
Vem aí 2024. Vêm aí os acontecimentos previstos para rechear o ano e são de sobra para chamar a atenção e a intervenção: principalmente dos responsáveis, mas de todos os cidadãos na inteira medida do seu poder.
Realizar-se-á a segunda sessão do Sínodo dos Bispos. Estão postas à disposição reflexões e propostas, sobre temáticas muito variadas, como o papel das mulheres e dos leigos, o ministério dos bispos, o sacerdócio e diaconato, a importância dos pobres e migrantes, a missão digital, o ecumenismo e os abusos. Até lá importa ouvir todos e aprofundar, não esquecendo de exigir que a Igreja assuma o seu papel de denúncia pública das injustiças, sejam perpetradas por indivíduos, governos ou empresas. Criou-se muita esperança no evento, se as decisões não a confirmarem, será um fracasso.
Haverá eleições nos EUA, muito importantes tendo em conta o peso do país no mundo. Parecerá estranho se porventura disputadas entre dois homens na casa dos 80 anos, donde tudo pode resultar. Que mundo inexplicável é este onde a democracia permitiu chegar ao poder um Trump, um Bolsonaro, um Milei. Democracia não rima com Putin, mas isso não o impedirá de continuar o horrendo ataque à Croácia e a morte de milhares, dos que ele escolheu para inimigos, mas dos seus também.
Apesar de por lá ter nascido Jesus, adivinha-se como, depois do ataque do Hamas, continuará a retaliação de Israel com os bombardeamentos na Faixa de Gaza; tudo junto e a consequência são já dezenas de milhar de mortos!
Vêm aí as comemorações dos 50 anos de implantação da democracia em Portugal. Vêm aí eleições previstas e imprevistas. Ainda antes do 25 de Abril serão duas: para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores e para a Assembleia da República. É essencial não esquecer que vamos escolher deputados: os melhores, se estiverem nalguma lista; e se não, o voto de protesto. Que haja cautela, pois dos resultados podem sair os governos melhores ou piores. Depois para o Parlamento Europeu, quando pairam tantas dúvidas sobre as decisões para o futuro deste continente.
Vêm aí tantas eleições. Será que saberemos quais as propostas para o futuro, sem qualquer valor se não se souber a forma de as concretizar? Eles vêm aí, à nossa porta, ou talvez já nem isso; mas, como de costume, talvez tragam papeis novos com velhas promessas!
Certamente não revelarão como se constituirão os governos, e com quem. E os homens é que são tudo.
Vêm aí 366, para discernir bem, sobre o futuro individual e colectivo.
Que Deus nos dê clarividência no Ano Novo.