Com 402 alunos, o Colégio de Santa Clara assinala as bodas de ouro com um compromisso renovado: ensinar os mais novos a terem valores numa sociedade em crise e a serem felizes.
É uma das duas escolas católicas da região e obteve, juntamente com o Colégio de São Francisco Xavier, os melhores desempenhos nos exames nacionais do 4º ano, em língua portuguesa e matemática, muito acima das médias regional e nacional.
“O sucesso deve-se ao esforço conjunto da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, do pessoal docente e não docente, dos Encarregados de Educação e alunos”, diz a Diretora do Colégio de Santa Clara, Helena Godinho.
Ao longo dos anos, o Colégio desenvolveu inúmeras atividades que marcaram a Ilha Terceira e, por vezes, os Açores, mantendo sempre uma forte ligação com a comunidade local. Veja-se o caso da participação sistemática nas marchas infantis das sanjoaninas nas quais o Colégio se tem empenhado particularmente ajudando a consolidar este importante cartaz turístico ou em provas desportivas, nomeadamente a ginástica, onde o Colégio de Santa Clara tem dado cartas.
“Para nós a educação não está desligada do ensino. Há uma complementaridade entre o ensino e a educação que é valorizada no dia- a- dia e muito concretamente na avaliação do aluno” adianta a Diretora lembrando que uma das principais missões do Colégio tem sido transmitir aos alunos valores para que saibam estar em diferentes situações da sua vida.
“Uma escola católica deve transmitir valores humanos e religiosos em todos os momentos e em qualquer lugar: sala de aula, recreios, refeitórios … procuramos que saibam estar nas diferentes situações. Há um saber estar que é diferente do lugar em que me encontro que é uma harmonização dos valores transmitidos, refletidos e consequentemente vividos”, conclui Helena Godinho.
Às 402 crianças, distribuídas pela creche (47), jardim de infância (136) , primeiro ciclo (170) e segundo ciclo (49), oriundas de meios diferentes, esta escola procura ensinar conteúdos letivos mas também princípios e valores. E, é aqui que as dificuldades “como levar os alunos a viver e assumir que são cristãos, a falta de sensibilidade para o religioso e a premência da nobre missão de educar” surgem lembra a diretora desta escola que agora assinala 50 anos de existência, num contexto de particulares dificuldades mas que nem por isso tem afetado a procura deste estabelecimento de ensino.
Um sonho concretizado
O Colégio de Santa Clara nasceu do sonho de Clara Martins Coelho, religiosa natural dos Biscoitos que pediu a uma professora amiga que encontrasse condições para abrir uma escola.
A Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, cuja fundadora é a Beata Maria Clara do Menino Jesus, aceitou o desafio.
O Colégio deve o seu nome a Santa Clara de Assis, fundadora da Ordem das Clarissas, é uma escola católica franciscana hospitaleira e , por isso, “a sua pedagogia caracteriza-se pelo Amor, Acolhimento e Alegria e fundamenta-se no testemunho, pessoal e comunitário, de humildade, simplicidade, abertura e hospitalidade”.
O principal desafio do Colégio, hoje como ontem, consiste em crescer sustentadamente, procurando ampliar valências e sobretudo, “alargar a outros níveis de ensino”.
As celebrações dos 50 anos de vida do Colégio de Santa Clara vão estender-se ao longo deste ano letivo e começam no próximo domingo, dia 6 de Outubro, com uma Eucaristia de Ação de Graças na Sé Catedral de Angra.