O cardeal D. José Tolentino Mendonça venceu o Prémio Pessoa 2023, anunciou o júri em conferência de imprensa no Palácio de Seteais, em Sintra.
Iniciativa do semanário Expresso e da Caixa Geral de Depósitos, o Prémio Pessoa tem por objetivo “reconhecer a atividade de pessoas portuguesas com papel significativo na vida cultural e científica do país” e tem um valor de 60 mil Euros.
Numa nota publicada na página da internet da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa felicita o cardeal Tolentino Mendonça pela distinção, reconhecendo a “unidade” e a “diversidade” do “padre, teólogo, poeta, cronista, ensaísta, académico”.
“José Tolentino Mendonça tem-se afirmado como figura central na cultura portuguesa contemporânea, dando continuidade, por um lado, à presença do cristianismo na sociedade, cultivando, por outro, o diálogo com o mundo laico e os valores humanistas, e resgatando, enfim, ideias de empatia e sabedoria em tudo opostas à polarização, ao imediatismo e à estridência”, escreve o presidente da República.
“O Prémio Pessoa que hoje lhe foi atribuído reconhece muito justamente essa unidade e essa diversidade”, acrescenta o comunicado.
Também a Conferência Episcopal Portuguesa se congratula pela atribuição deste prémio.
A CEP felicitou o cardeal D. José Tolentino Mendonça pela atribuição do Prémio Pessoa 2023, sublinhando o seu “contributo para uma cultura de busca de sentido e de convergência”.
“Bem haja, D. José Tolentino, pelo seu precioso contributo para uma cultura de busca de sentido e de convergência, no mundo complexo e diversificado em que vivemos, alimentando o sonho de um futuro de dignidade, justiça e paz para toda a humanidade, próprias do tempo de Natal que estamos a preparar”, afirma numa nota, assinada pelo presidente da CEP, D. José Ornelas, enviada ao Sítio Igreja Açores.
D. José Tolentino Mendonça nasceu em Machico (Diocese do Funchal) em 1965 e foi ordenado padre em 1990 e bispo a 28 de julho de 2018; é doutorado em Teologia Bíblica, tendo desempenhado, entre outras funções, os cargos de reitor do Colégio Pontifício Português, em Roma, de diretor da Faculdade de Teologia da UCP e diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
A 26 de junho de 2018, o Papa nomeou D. José Tolentino Mendonça como arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca Apostólica, elevando-o à dignidade de arcebispo; o até então vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa orientou nesse ano o retiro de Quaresma do Papa Francisco e seus mais diretos colaboradores.
D. José Tolentino Mendonça foi criado cardeal pelo Papa Francisco, a 5 de outubro de 2019
Biblista, investigador, poeta e ensaísta, Tolentino Mendonça foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem de Sant’lago da Espada por Aníbal Cavaco Silva, presidente da República, em 2015.
Em dezembro de 2019, D. José Tolentino Mendonça tornou-se a sétima personalidade a receber a Medalha de Mérito da Região Autónoma da Madeira, numa cerimónia que decorreu na Assembleia Regional.
Já em junho de 2020, o cardeal D. José Tolentino Mendonça venceu o prémio Europeu Helena Vaz da Silva, que promove a divulgação do património cultural, da responsabilidade do Centro Nacional de Cultural, em parceria com a ‘Europa Nostra’.
Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, escolheu-o comopresidenteda Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 2020.
Esta quarta-feira, o cardeal Tolentino Mendonça partricipou no colóquio “As Religiões como Património da Humanidade”, na Assembleia da República, e afirmou que “falar em liberdade religiosa não e outra coisa do que falar em liberdade”.
O responsável católico vai entregar a totalidade do prémio, no valor de 60 mil euros, a uma instituição de solidariedade, anunciou a editora Quetzal, em comunicado.
(Com Ecclesia)