A Igreja das Concepcionistas em Angra do Heroísmo volta ao serviço depois de 43 anos em ruínas

 

Foto: Câmara Municipal de Angra

A obra foi inaugurada com a presença, entre outros, do bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues

A obra de reconstrução da Igreja das Concepcionistas, em Angra do Heroísmo, edifício propriedade da Santa casa da Misericórdia de Angra, foi  inaugurada esta quinta-feira. O edifício encontrava-se em ruínas desde 1980, na sequência do sismo que destruiu a cidade.

“Foi um dia especial para todos porque já faz 44 anos no próximo dia 1 de janeiro, que o antigo convento foi atingido pelo terramoto e ficou em ruínas. Era uma obra considerada prioritária, que tinha como prioridade a sua reconstrução. Não está terminada esta tarefa, mas vamos continuar este trabalho. O próprio espólio do edifício foi já recuperado mas interrompemos essa recuperação para terminarmos a reconstrução da Igreja. Agora que está recuperada estamos em contacto com as empresas de conservação e restauro e iremos prosseguir este trabalho de recuperação do espólio, que queremos reinstalar no seu espaço” afirmou Bento Barcelos, Provedor da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Angra.

“Quando esta recuperação estiver concluída, a Igreja poderá retomar a sua vida, abrindo-se ao culto e simultaneamente dando dignidade às exéquias fúnebres que aqui vierem a ser celebradas. Uma das obras de que esta misericórdia é tributária é a de garantir dignidade aos defuntos e é isso que iremos fazer”.

“Houve uma total cooperação com o executivo camarário, que quero sublinhar e foi com este espírito que definimos que a data mais simbólica  para a inauguração seria o dia 7 de dezembro, dia em que a cidade foi classificada como património da Humanidade pelas Unesco, há 40 anos” disse ainda Bento Barcelos.

A recuperação do imóvel, iniciada em maio de 2021 e terminada em agosto deste ano, no valor de 1,3 milhões de euros, foi financiada pela autarquia já que a Misericórdia de Angra não dispunha de fundos próprios para esta intervenção de tão grande monta.

As obras ficaram concluídas em agosto e inserem-se, segundo uma nota da autarquia, no esforço “continuo da edilidade na reabilitação do património integrado da zona classificada pela Unesco”

Desta obra constou, igualmente a recuperação total do claustro do convento, que iniciou funções em 1608 e, na sequência da reforma pombalina do século XVIII, foi transformado em hospital da Misericórdia.

 

 

 

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