Celebração elogia a maternidade de Maria como exemplo para as mulheres de hoje
Na Diocese de Angra, várias ouvidorias e paróquias, vão rezar pela vida nascente e viver o rito da bênção das grávidas, no primeiro domingo do Advento, tempo de preparação para o Natal, no próximo dia 3.
A bênção das grávidas pretende ser um momento simples, de especial agradecimento por estas novas vidas, numa celebração em que todas as s grávidas são convidadas a participar, mas é sobretudo um momento em que também se invoca o exemplo da maternidade de Maria como “estímulo e testemunho” da alegria da maternidade.
“Esta bênção, acontecendo neste contexto do Advento e do Natal, adquire ainda um maior significado visto que nesta altura Nossa Senhora se encontrava para ser mâe, para acolher o seu filho. Neste tempo em que preparamos o Natal, que é tempo de nascimento e de família, todo este contexto confere maior significado” refere ao Igreja Açores Ana Dias, do Secretariado Diocesano da Pastoral da Família e Laicado.
“Durante o tempo do Advento somos convidados a refletir sobre o papel de Maria na história da nossa própria salvação: Ela é parte essencial desta história, porque Jesus vem por meio dela e ela ensina-nos o mistério de maternidade: gerar e acolher um filho no nosso coração, no nosso ventre, assim que estamos para ser mães” explica a responsável sublinhando o amor como marca essencial deste testemunho.
“Ao mostrar o seu amor pelo filho, ela convida-nos também a amá-Lo e a levá-Lo aos outros como ela nos leva até Ele” acrescenta ainda.
Na Ouvidoria de Ponta Delgada, por exemplo, a paróquia de São José acolherá a bênção das grávidas na Missa dominical das 11h00, no próximo dia 3, fazendo-se uma oração pela vida nascente.
Esta celebração tem como ponto de partida o desafio do Papa João Paulo II, na Encíclica ‘Evangelium Vitae’, de 1995, onde “denunciava o crescente desrespeito pela vida humana” e afirmava ser “urgente uma grande oração pela vida que atravesse o mundo inteiro”.
Na ouvidoria de Vila Franca, esta celebração ocorrerá no próximo dia 8 de dezembro, Dia da Solenidade da Imaculada Conceição.
“O que é importante é celebrar o elogio da maternidade” refere , ainda, Ana Dias, destacando o contexto económico, social e familiar que muitas jovens enfrentam e que condicionam a sua disponibilidade para a maternidade.
“Enquanto Igreja estamos atentos a esta questão e consideramos que todos temos um papel a desempenhar e Maria pode ajudar-nos a mostrar que apesar das dificuldades- e ela enfrentou muitas, tal como Isabel, a sua prima- vale a pena arriscar”, explica a responsável pela Pastoral Familiar na diocese referindo o papel “importantíssimo” que “uma palavra, um gesto no apoio e na presença” podem fazer na vida de uma mulher, de uma família que decide ter filhos.
A responsável recorda mesmo um exemplo de uma jovem, “muito jovem” que “teve a coragem” de levar a maternidade até ao fim mesmo diante da ausência de qualquer apoio familiar e social.
“Criou-se um rede de apoios entre amigos e amigos dos amigos e ajudou-se. Às vezes, para contrariar as dificuldades basta um gesto, uma palavra, um sinal, uma presença para mudar tudo”, conclui.