Duas açorianas e uma madeirense integram congregação das Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias
Está há 56 anos ao serviço da Congregação das Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, dois dos quais em Roma, no Pontifício Colégio Português, que atualmente conta com 30 alunos, um dos quais açoriano, o Pe Jorge Ferreira, natural da Fazenda do Nordeste, ilha de São Miguel, que estuda liturgia.
Oleguete do Nascimento saiu da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, com 18 anos, em 1954 para abraçar uma missão, seduzida pelo trabalho desenvolvido por esta congregação nos Açores.
“O testemunho das irmãs Franciscanas foi para mim um alento e motivou-me à entrada na vida religiosa, coisa que nunca tinha então equacionado”, disse ao Sítio Igreja Açores esta religiosa que superintende a comunidade de sete irmãs que são responsáveis pela cozinha e orientação do Colégio Português.
“É uma missão muito importante, bela e de serviço aos sacerdotes que estão deslocados das suas residências, sozinhos e muitas vezes em situação difícil. E, por isso, somos quase mães… que os confortam nestes momentos”, refere a Irmã Olguete do Nascimento.
De resto, lembra, “estar ao serviço é o nosso lema” e estar, particularmente ao serviço dos sacerdotes, “imprescindíveis na nossa vida, sem os quais não teríamos a eucaristia”, é “uma bênção” e isso “torna-nos muito felizes”.
Oleguete do Nascimento é uma das 16 religiosas que integram as três comunidades das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias em Roma: quatro servem no Hospital de São Pedro, sete no Colégio Português e cinco encontram-se em formação, em Universidades locais.
Com ela, no Colégio Português está também uma madeirense, Irmã Guilhermina, que é a responsável pela cozinha.
Atualmente, a ordem religiosa feminina fundada na Madeira em 1884 está presente em onze países de quatro continentes: Europa, África, América e Ásia. As religiosas que a compõem dedicam-se ao auxílio dos pobres e dos doentes, assim como à educação e evangelização das crianças.
No momento em que se assinala o Ano da Vida Consagrada, A superiora do Colégio Português destaca que é importante “garantir a continuidade das vocações” e isso faz-se através “do testemunho, mais do que de discursos”.