Peregrinação Nacional decorre hoje e amanhã em Fátima e conta com a presença de legionários de São Miguel
É preciso “combater o medo” e “puxar pela juventude”, afirmou esta tarde ao Igreja Açores Isabel Medeiros, a responsável pela Legião de Maria nos Açores e que está em Fátima na Peregrinação Nacional da Legião de Maria intitulada “Como Maria, eis-me aqui”.
“O nosso compromisso como legionários consagra- nos ao Espírito Santo e por isso, temos de confiar que Ele nos fortalece no desempenho das diferentes tarefas que temos de assumir. Não há que ter medo e devemos estar prontos para o serviço” referiu ao Igreja Açores a presidente da Comitium Açores, órgão que dirige todas as Cúrias de uma determinada diocese.
“Vencer o medo de que possamos não estar prontos para os desafios é muito importante, tal como é o recrutamento e, sobretudo, o recrutamento jovem”, diz ainda esta dirigente, que reside em ponta Delgada.
“Estamos com muita esperança porque, pela primeira vez, temos cúrias onde há muito tempo não existiam, como em Fátima mas também porque vivemos a Jornada Mundial da Juventude e estamos confiantes de que o entusiasmo dos jovens possa levá-los a um maior envolvimento nas comunidades e consequentemente na Lagião de Maria”, refere ainda.
Para isso, adianta, será necessária uma grande “motivação dos sacerdotes”.
“Percebemos que quando eles puxam pelos jovens, a juventude adere e é criativa. Saibamos aproveitar essa disponibilidade”, adianta Isabel Medeiros.
“As Jornadas mostraram a criatividade e a pujança da nossa juventude. Creio que esta Igreja está a redescobrir-se e a ultrapassar tudo o que nos fez sofrer, com toda a parte negativa do que vai acontecendo mas, sempre juntos para superarmos os problemas do dia-a-dia”, acrescenta.
“Quando um sacerdote apoia e puxa pela juventude eles vão para o grupo; Nós precisamos de puxar por eles porque eles são criativos e dinâmicos, mesmo sem discursos facilitadores da nossa parte”, acrescenta.
A legião de Maria, que encheu por completo o auditório do Centro Pastoral de Paulo VI, está a fazer a sua peregrinação anual este fim-de-semana.
A Peregrinação contou esta tarde com momentos de poesia e representação cénica, apara além de um momento formativo, orientado pelo Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, que também presidiu à Missa na Basílica da Santíssima Trindade.
Os legionários ainda participarão no Terço, na Capelinha das Aparições e amanhã na Missa dominical no Recinto de Oração, renovando no `adeus´ a consagração a Nossa Senhora.
O Movimento teve o seu inicio a 7 de setembro de 1921, em Dublin, Irlanda, sendo o Fundador Frank Duff. Nos Açores a Legião surge através da Enviada Maria Senra, em 1972, celebrando-se a 1º Solenidade da Ácies, a festa central da Legião de Maria em 1973. Na Diocese, o Movimento encontra-se implantado em São Miguel, Terceira e Faial. Atualmente fazem parte do Movimento 397 Membros Ativos, dos quais 31 são Juvenis, Ao longo destes 50 anos, foram muitos os jovens e adultos que fizeram parte deste Movimento.
A Legião de Maria é um movimento de evangelização ao serviço da Igreja, cuja espiritualidade “assenta na Doutrina do Corpo Místico e na Maternidade de Maria” pode ler-se na descrição do movimento na página do Anuário Católico.
“Tal como Maria, sob a ação do Espírito Santo, deu Cristo ao mundo, também a Legião de Maria, com Maria e sob a ação do mesmo Espírito, procura dá-Lo ao mundo através do seu apostolado, colaborando com o Espírito Santo e com Maria na renovação da face da Terra e na construção da Civilização do Amor no Terceiro Milénio”, lê-se ainda.
Para isso, os seus membros procuram ser dignos e corajosos anunciadores do Evangelho, obedecendo assim ao mandato de Jesus Cristo: “Ide pelo mundo inteiro…” (Mt 28,6).
Os legionários privilegiam a dimensão pastoral ou a dimensão social, tocando assim, nas suas atividades, todas as Pastorais. Os contactos com as famílias em visitas domiciliárias (trabalho prioritário da Legião numa linha de evangelização); recenseamento paroquial; contactos com doentes em Hospitais (voluntariado hospitalar) e em casa (apoio domiciliário com prestação de cuidados de higiene e serviço doméstico); apoio à Terceira Idade (amparo moral, convívios, centros de dia, preparação para os Sacramentos); acompanhamento de pessoas solitárias; obras a favor dos elementos da sociedade mais abandonados; visitas a Albergues, apoio aos sem-abrigo e contactos com prostitutas; visitas a Estabelecimentos Prisionais; apoio a toxicodependentes e alcoólicos, são algumas das inúmeras atividades que abraçam.