Nos Açores também se celebra a sexta aparição de Nossa Senhora aos três Pastorinhos
A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no Lajedo, em Ponta Delgada, irá celebrar solenemente as celebrações doas dias 12 e 13 de outubro em que se assinala a sexta e última aparição de Nossa Senhora aos três Pastorinhos, na Cova da Iria, informa uma nota enviada pelo Pároco, padre Norberto Brum, ao Sítio Igreja Açores.
A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no Lajedo, é a única Paróquia da Diocese que tem ícone português como Padroeira.
“Desde a sua inauguração, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima tem vindo a ser um ponto de convergência para muito devotos de Nossa Senhora de Fátima que procuram aquela Igreja não apenas para rezarem a Nossa Senhora mas também para viverem e celebrarem a sua fé” refere a nota.
Com estas celebrações a Comunidade de Nossa Senhora de Fátima dá início à vivência do novo Ano Pastoral.
“Embora não haja ainda um programa Diocesano delimitado, a Comunidade de Nossa Senhora de Fátima adotou como objetivo e tema geral deste Ano Pastoral, “Uma Comunidade de Todos, com Todos e para Todos”, inspirando-se nas palavras do Papa Francisco aos Jovens na Jornada Mundial da Juventude, a célebre expressão “Todos, Todos, Todos” “, avança ainda a nota.
Assim, na próxima quinta-feira, dia 12, pelas 19h30 será rezado o Terço Comunitariamente e, pelas 20h00, será celebrada a Solene Eucaristia que será presidida pelo novo Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, Cónego Manuel Carlos Alves. Após a Eucaristia haverá o licernário com o acendimento e bênção das velas, que serão usadas na Procissão de Velas que logo se segue.
No dia 13, a partir das 17h00 haverá Adoração Eucaristia, terminando pelas 19h30 com um momento de Adoração Comunitária e, às 20h00, será celebrada Solene Eucaristia.
“Sendo esta uma Igreja e Paróquia dedicada a Nossa Senhora de Fátima, a Comunidade convida todos os os que se queiram fazer peregrinos de Fátima e a participarem nestas celebrações”.
De acordo com as Memórias da Irmã Lúcia, nesta aparição Nossa Senhora pede aos Pastorinhos que construam uma capela em sua honra, com o dinheiro que tinham reunido e que continuassem a rezar todos os dias o terço. Também prometeu que a guerra acabaria e que os militares portugueses haveriam de regressar a casa, pedindo oração e reparação pelos pecados do mundo.
O relato de Lúcia à cerca do colóquio com Nossa Senhora refere:
«– Que é que Vossemecê me quer?
– Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar [ainda hoje] e os militares voltarão em breve para as suas casas.
– Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.
– Uns sim, outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
E tomando um aspecto mais triste:
– Não ofendam mais a Nosso Senhor que já está muito ofendido! {Se o povo se emendar, acaba a guerra e, se não se emendar, acaba o mundo.}
[– Ainda me quer mais alguma coisa?
– Já não quero mais nada.]
E, abrindo as mãos, fê-las reflectir no Sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projectar no Sol.
[…]
Desaparecida Nossa Senhora na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. São José com o Menino pareciam abençoar o Mundo, com os gestos que faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a ideia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o mundo da mesma forma que São José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo.»
Nesta data é celebrada igualmente a publicação da Carta Pastoral do bispo de Leiria, D. José Alves correia da Silva declarando dignas de crédito as Aparições de Fátima relatadas pelas três crianças.
Neste dia, em Fátima, destaca-se igualmente o chamado “milagre do Sol”.