Filme Cafarnaum é projectado no écran do Salão da Sociedade da Terra-Chã

Foto: Cartaz da Iniciativa

Exibição tem lugar a 14 de outubro, às 21h00

O Salão da Sociedade da Terra-Chã vai apresentar o filme “Cafarnaum”, no próximo sábado dia 14 de outubro, pelas 21h00, com entrada livre a todos os maiores de 10 anos.

Trata-se de uma parceria da Paróquia da Terra-Chã com a Sociedade Musical e Recreio da Terra-ChãCom o apoio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, Cine-Clube da Ilha Terceira.

“Esta iniciativa pretende dar a conhecer cinema de qualidade que, ao mesmo tempo, é acessível a qualquer espetador. Sendo um filme dramático, não deixa de estar imbuído de esperança e de arrebatar o espetador: este é um filme muito emocionante, verdadeiramente inesquecível e que agradará certamente a todos,

pela riqueza da denúncia das dificuldades vividas por este menino e a sua família” refere uma nota enviada ao Igreja Açores pelo pároco, padre Teodoro Medeiros, um dos promotores da iniciativa.

A sessão será precedida por uma curta explicação a cargo do Cine-Clube da Ilha Terceira (com a possibilidade de discussão a seguir ao filme, para quem quiser).

O filma, da autoria de Nadine Labaki, conta a história de Zain, filho de uma família numerosa, 12 ou 13 anos, muito apegado à irmã de onze anos que terá de se casar brevemente. Os pais são pobres, más as condições, as crianças têm de trabalhar e roubar para comer.

“Onde o filme se distingue, e fá-lo variadamente, é na capacidade gigântica de filmar o mundo infantil” refere o padre Teodoro Medeiros, cinéfilo, comentador do Sítio igreja Açores na rubrica Entre-Vistas.

A certa altura, Zain terá de tomar conta de um bebé, Jonas, os dois sozinhos, sem nada, contra o mundo inteiro.

“As cenas da saga de Zain e Jonas, a parte central do filme, são dos fotogramas mais belos da História da Humanidade” refere o sacerdote sublinhando que “ A miséria não tem de tornar as pessoas miseráveis, nem de anular a vontade de viver: os problemas não destroem o humano e a capacidade de reinventar a realidade; filmar a inocência que perdura enquanto é quebrada não é arte para todos. Fora do comum”.

Nadine Labaki, a realizadora, vive em Beirute, conhece bem a realidade circunstante e pegou em atores não professionais cujas vidas se assemelham à estória contada. “Alinhou em Cafarnaum técnica e coração para uma criação que é um manifesto sobre a dignidade, satisfazendo, em simultâneo, o purista, o intelectual, o amante de cinema do mundo e até o sentimental”, refere ainda o sacerdote.

A entrada no cinema é livre a todos os maiores de 10 anos.

https://www.youtube.com/watch?v=owtmu-YrfQQ

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