Um concerto pelo coro da Sé catedral no dia 7 e uma exposição fotográfica são, entre outros, os eventos que marcam o 25º aniversário da reabertura da Catedral de Angra após as obras de reconstrução motivadas pelo Sismo de 1980 e o incêndio de 1983.
A Diocese de Angra assinala este fim-de-semana os 25 anos da reabertura da Sé Catedral com uma série de eventos onde se inclui um concerto comemorativo e uma exposição fotográfica.
Dia 3 de Novembro de 1985, a Sé de Angra do Heroísmo era reaberta ao Culto, após cinco anos de reconstrução fruto dos danos provocados pelo sismo de 1980 e a queda de uma torre e um incêndio que assolou o edifício em 1983.
De forma a assinalar a efeméride, a Diocese, com o apoio da Culturangra, vai levar a cabo uma exposição de fotografia de todas as igrejas do arquipélago, a ter lugar no Teatro Angrense, de 7 de Novembro até ao final do mês.
No mesmo local, a partir das 15h30 desse domingo, será exibida uma apresentação multimédia sobre o processo de reconstrução.
A partir das 21h00 tem lugar na Sá um concerto comemorativo dos 25 anos da reabertura com a participação de um solista vindo de Lisboa, orquestra de Barcelona, o organista António Ricardo Toste e o coro da Sé, dirigido por Duarte Gonçalves-Rosa.
Durante o espectáculo serão interpretados obras de autores portugueses, a maior parte delas vindas de partituras do arquivo musical da Sé das quais não existe ainda registo sonoro e cuja recuperação e preparação está a cargo do coro diocesano.
Carrilhão no Natal
Outra das iniciativas que irá marcar as “bodas de prata” da reabertura da Sé Catedral, prende-se com a inauguração, prevista para o Natal, do primeiro carrilhão da cidade de Angra, com a instalação de 19 novos sinos que se vão juntar aos seis já existentes, num total de 25.
Os novos sinos terão cunhados os brasões de armas e legendas de cada um dos 19 concelhos dos Açores que formam a Diocese de Angra, sendo os dois maiores dedicados a Angra do Heroísmo e a Ponta Delgada, seguindo-se, por ordem de grandeza, a Ribeira Grande, Praia da Vitória e a Horta.
O carrilhão será comandado por um teclado a instalar no coro alto da Sé, permitindo que o organista, para além de tocar no grande órgão de tubos para dentro do templo, também dê concertos no carrilhão para o exterior.
Segundo o Boletim Paroquial de São Salvador da Sé, para 2011 estão igualmente previstas obras de fixação de toda a cobertura do templo, permitindo uma maior segurança em relação aos ventos, a concepção e construção de um novo guarda-vento em madeira que incorpore o órgão de tubos e a instalação de um vitral no baptistério representando o martírio do Beato João Baptista Machado.
Honrar o empenho
Para o Padre Hélder Fonseca, Vigário Geral da Diocese e pároco da Sé, esta data tem um significado especial para todos aqueles que “viram a destruição do edifício após o sismo e o incêndio, em que a primeiro pensamento foi se voltaríamos a ter Sé Catedral neste local”.
O responsável destaca o “trabalho e empenho” da “muita gente” que ajudou na reconstrução.
Considerando que existia um défice em termos de registos históricos do templo no período 1985-2010, o Padre Hélder Fonseca elaborou um documento intitulado “25 anos-25 Acontecimentos”, publicado no último boletim da paróquia, onde assinala “um evento que tenha marcado anualmente a Sé Catedral” e onde se destacam os 500 anos da primeira nomeação de um Vigário para a paróquia de S. Salvador (1986), a visita, a 11 de Maio de 1991, do Papa João Paulo II ou a instalação, em 2006, de relógio e sinos electrónicos.
Partilha e vocação
A Diocese assinala, de 7 a 14 de Novembro, mais uma Semana Diocesana e dos Seminários, subordinada ao tema “A chave da missão é a comunhão social”.
Segundo a mensagem de D. António de Sousa Braga, Bispo de Angra, neste tempo de crise é necessário fomentar uma “partilha efectiva de bens” e intensificar a oração pelas vocações sacerdotais, defendendo que cada paróquia e Ouvidoria deve ter coragem de apoiar a proposta vocacional e os vocacionados.
A Semana da Diocese arranca no domingo com as colectas a realizar nas Missas das 11h00 e das 18h00, na Sé, encerrando com uma actuação do Coro Litúrgico da Agualva, no dia 14, pelas 18h00, também na Sé Catedral.