“Queremos deixar uma pegada não a ecológica mas a pegada do compromisso uns com os outros para que ninguém fique para trás”- D. Armando Esteves Domingues

Foto: Igreja Açores/FS

25 jovens subiram esta tarde a Montanha do Pico, acompanhados pelo bispo de Angra. Foi o primeiro grupo de um total de 134 pessoas, incluindo jovens e sacerdotes

O tempo no principio foi padrasto mas nem a chuva miudinha que se abateu sobre a Montanha do Pico, o lugar mais alto de Portugal, demoveu o bispo de Angra e mais um grupo de 25 jovens, acompanhados de 4 jornalistas, de trilhar caminho rumo à cratera da Montanha do Pico.

“Levo uma mochila grande demais; pensava que iria levar uma mais pequenina mas terá de ser esta. Na verdade, na vida também há surpresas e, às vezes, também é assim, há situações bem mais carregadas” disse D. Armando Esteves Domingues aos jornalistas ainda na Casa da montanha antes de iniciar a subida.

“A caminhada é um desafio; mas o maior  desafio é vermos as surpresas da caminhada. Jesus deixou as suas principais mensagens, e muitos desafios, no caminho. Portanto, no caminho vou escutar a montanha mas também o Senhor e ver o que Ele tem para me dizer” disse ainda o prelado, que será o primeiro a escalar a Montanha até ao `Piquinho´, onde celebrará esta terça-feira uma Eucaristia.

Em 2011, antes da Jornada de Madrid, D. António de Sousa Braga presidiu a uma celebração também na Montanha, num sítio mais baixo, de onde enviou jovens, sobretudo das ilhas do grupo central, para a Jornada de Madrid.

“Não estamos para batermos recordes; nós estamos para fazer grupo, criar um ritmo de juventude para darmos o sentido ao nosso caminhar.. Um  sentido que queremos dar aos outros e eu aceito este desafio”, disse ainda o prelado visivelmente entusiasmado antecipando o ritmo do caminho, que foi marcando juntamente com o guia.

“Será importante perceber depois como vai ser a descida do monte. Cada um de nós tem de se perguntar o que traz e eu tenho de ser capaz de aguentar a pedalada desta juventude” disse em tom de brincadeira.

“O nosso principal desejo é caminhar juntos, num ritmo que dê para todos: velhos e novos e espero que o compromisso que vamos firmar todos lá no cimo da montanha seja o compromisso com a bela criação; que nunca nos cansemos de louvar a Deus; que deixemos algum rasto, mas que não apenas a pegada ecológica mas mais alguma coisa que seja, sobretudo, esta vontade de cuidar do irmão” concluiu.

O grupo seguiu para a montanha a onde está prestes a chegar. Dormirá na cratera, prevendo-se uma vigília de oração esta noite, à mesma hora em que em todas as igrejas JMJ da diocese de Angra, em todos os Açores, será celebrada uma eucaristia de acção de graças pelos jovens.

Na comitiva seguiu também o Diretor Nacional da Pastoral Juvenil, o padre Filipe Diniz que, desde a primeira hora, aceitou o convite “sem pensar muito” e que hoje, olhando para toda a logística, considera “um enorme desafio e uma boa aventura”.

“Nesta mochila, levamos também o essencial da nossa vida para podermos subir ao monte e agradecer o dom da vida”.

À meia noite subirá o segundo grupo com mais de 100 jovens de seis ilhas e 11 ouvidorias. Nesta aventura caminham igualmente sacerdotes de várias ilhas. O maior grupo é de São Miguel seguindo-se o Pico e São Jorge.

Amanhã, todo o grupo assinará um pacto inspirado nas Enciclicas Laudato Si e Fratelli Tutti, no qual os jovens se comprometem com o cuidado da Casa Comum de forma a que possa ser a casa de todos.

Foto: Igreja Açores/CR
Foto: Igreja Açores/CR
Foto: Igreja Açores/CR

(Noticia corrigida às 19h15)

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