Por Renato Moura
Justamente com o título acima foi publicado este mês, em Portugal, pela Albatroz (uma marca registada da Porto Editora), um livro com centenas de citações do Papa Francisco. Tem como subtítulo “15 passos para encontrares a felicidade” todos eles no início aconselhados de forma sintética. Mas todo se desenvolve na demonstração de como sermos felizes como Deus nos quer.
Ao longo de mais de duas centenas de páginas acedemos a oito capítulos, todos fazendo reflectir sobre a felicidade que está no nosso horizonte e sobre os caminhos para a encontrar. Faz-se ver como a felicidade é simultaneamente um dom recebido e que se doa, como ela própria é um caminho, que não é apenas ir vivendo, mas sonhar de verdade. Clarifica-se como a felicidade é amor concreto, mas também revolucionária; essencial na vida.
Todas as citações foram retiradas nomeadamente de encíclicas, audiências, discursos, mensagens, homilias, meditações, encontros e diálogos do Papa Francisco, estando sempre referido quando, onde e a que propósito foram escritas ou proferidas. Nalgumas há até alusões a livros, poesias e filmes. São sempre breves e a cada qual está atribuído um título, facilitando a cada leitor a busca pelos temas mais preferidos. Creio que quem ler umas tantas, sentirá o desejo de ler muitas outras.
Pode ser perfeitamente um livro de banca de cabeceira, pois cada uma pequena leitura é susceptível de motivar uma meditação, ou uma reflexão, pessoal ou colectiva, breve ou mais profunda, a exemplo daquilo que o nosso Papa já nos habituou, não só aos cristãos como a todos os homens apreciadores do pensamento.
Motiva-se a compreensão de nós mesmos, sobre se seremos homens e mulheres tristes, redescobrindo a graça do quotidiano; como a alegria é um dom peregrino e uma vida nova pode sempre recomeçar em nós.
Há pensamentos incentivadores, como cada instante da vida é tempo, ou vencer a tentação da indiferença, ou não ter medo de arriscar em vez de viver paralisado. A chamada de atenção para a doença do pessimismo, ou para os fracassos serem um bem e ninguém se dever dar por vencido.
Louva-se a coragem da liberdade, a de seguir em frente, de ir contra a corrente, de usar a força de mudar as coisas, de alimentar grandes ideais.
Faz-se pensar na fraternidade, sendo instrumento, não nos fechando no nosso pequeno mundo, procurando os outros, percebendo que a soberba e o orgulho são um muro, vendo a felicidade daqueles que sabem perdoar.
Apesar da simplicidade desta partilha, não se arrependerão quantos lerem ou meditarem o livro.