O Papa Francisco recebeu esta quinta-feira uma delegação da Cáritas Internacional, reunida na sua 22ª Assembleia Geral, e indicou que o amor faz “reconhecer no estranho o rosto de um irmão” e pediu que “arregacem as mangas”.
“O amor faz-nos abrir os olhos, ampliar o olhar, permite-nos reconhecer no estranho que cruzamos em nosso caminho o rosto de um irmão, com um nome, uma história, um drama ao qual não podemos ficar indiferentes”, escreveu o Papa, num discurso divulgado pela Santa Sé.
Francisco marcou a abertura da 22ª Assembleia Geral da Caritas Internationalis que termina a 16 de maio, em Roma, reúne cerca de 400 delegados que trabalham em organizações humanitárias de 200 países e destacou que é no “amor que se encontra a força e coragem para responder ao mal que oprime o outro”.
“As necessidades do próximo questionam-nos, incomodam-nos, provoca o desafio da responsabilidade. E é sempre à luz do amor que encontramos a força e a coragem para responder ao mal que oprime o outro, para responder em primeira pessoa, colocando a nossa cara, o nosso coração, arregaçando as mangas”, apontou.
O Papa, no seu discurso entregue, recordou as origens da confederação, quando citou Pio XII e João Paulo II, quanto às origens e à importância de uma atividade social e de caridade.
Francisco deixou ainda o alerta para se reconhecer o “cristão que vive a caridade”, que possa ser reconhecido pela forma de estar, “se está disposto a ajudar de bom grado, com um sorriso nos lábios, sem resmungar e se irritar”.
“Ele não se vangloria nem se ensoberbece, porque tem o senso de proporção, e não sente prazer em se colocar acima do próximo, mas se aproxima do outro com respeito e bondade, com gentileza e ternura, levando em conta suas fragilidades”, salienta.
(Com Ecclesia)