O Papa agradeceu hoje a atenção e as orações que o acompanharam nos últimos dias, após um internamento de quatro dias, devido a uma infeção respiratória, falando aos peregrinos presentes na celebração do Domingo de Ramos.
“Agradeço-vos pela vossa proximidade e também pelas vossas orações, que intensificastes nos últimos dias. Obrigado, de coração”, disse, no final da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro, antes da recitação da oração do ângelus.
Perante milhares de pessoas, Francisco deixou uma bênção especial à ‘Caravana da Paz’, que partiu da Itália rumo à Ucrânia, promovida por várias Associações – Papa João XXIII, FOCSIV, Pro Civitate Christiana e Pax Christi, entre outras.
“Além de bens de primeira necessidade, levam a proximidade do povo italiano ao martirizado povo ucraniano e hoje oferecem ramos de oliveira, símbolo da paz de Cristo. Vamos unir-nos a este gesto com a oração, que será mais intensa nos dias da Semana Santa”, apelou.
Francisco saudou depois a multidão, sentado no papamóvel, percorrendo a Praça de São Pedro e a avenida contígua.
A celebração de Ramos marcou o início da Semana Santa, que o Papa convidou a viver “com fé e com amor”.
“Aprendamos com a nossa Mãe, a Virgem Maria: Ela seguiu o seu Filho com a proximidade do coração, era uma só alma com Ele e, mesmo não compreendendo tudo, junto com Ele abandonava-se plenamente à vontade de Deus Pai”, disse.
O Papa retomou os apelos que deixou na homilia da Eucaristia, na primeira celebração pública após o seu regresso ao Vaticano, este sábado.
“Que Nossa Senhora nos ajude a permanecer próximo de Jesus presente nas pessoas que sofrem, descartadas, abandonadas. Que Nossa Senhora nos leve pela mão até Jesus, presente nestas pessoas”, declarou.
“A todos, bom caminho rumo à Páscoa”, concluiu.
A Igreja Católica inicia, com a celebração dos Ramos, o itinerário da Semana Santa, momentos centrais do ano litúrgico que, nas igrejas e nas ruas, recordam os momentos da Paixão de Jesus.
A celebração dos últimos dias da vida de Cristo começa pela evocação da sua entrada messiânica em Jerusalém e a bênção dos ramos.
Os momentos centrais da Semana Santa começam na quinta-feira, dia em que se celebram a Missa Crismal e a Missa da Ceia do Senhor.
A manhã é preenchida pela Missa Crismal, que reúne em torno do bispo o clero da Diocese, na qual são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o santo óleo do crisma.
Com a Missa vespertina da Ceia do Senhor tem início o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor: é comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés); no final da Missa, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os altares.
Na Sexta-feira Santa não se celebra a Missa, tendo lugar a celebração da morte do Senhor, com a adoração da cruz; o silêncio, o jejum e a oração marcam este dia.
O Sábado Santo é dia alitúrgico: a Igreja debruça-se, no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro do Senhor e a única celebração primitiva parece ter sido o jejum.
A Vigília Pascal é a “mãe de todas as celebrações” da Igreja, evocando a Ressurreição de Cristo.
Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das promessas do Batismo, por fim, a liturgia Eucarística.
(Com Ecclesia)