Bispo de Angra preside a celebrações da Semana Santa na Catedral

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Missa Crismal será celebrada a 4 de abril com sacerdotes de todas as ilhas

A diocese de Angra volta a celebrar a Semana Santa com o seu bispo diocesano, que presidirá a todas as grandes celebrações desta semana maior do calendário cristão, na Catedral, em Angra do Heroísmo, a começar já no domingo, dia 2 de abril, com transmissão das principais celebrações nos órgãos de comunicação social.

O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição.

Na Sé a Bênção de Ramos e a Missa serão às 11h00, com transmissão em direto na Vitec Azores, nas redes sociais e na Rádio- Antena 1 Açores e Rádio Clube de Angra.

Na segunda-feira santa, durante a Missa, proclama-se o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise.

Este ano o bispo de Angra celebrará uma missa em São Miguel, na Igreja Matriz de São Sebastião ao meio-dia. Será uma oportunidade para os sacerdotes que não puderem deslocar-se à ilha Terceira para a Missa Crismal, poderem renovar as suas promessas sacerdotais com o seu bispo.

Na Terça-feira santa, D. Armando Esteves Domingues presidirá à Missa Crismal, na Catedral, para a qual são convidados todos os presbíteros dos Açores que renovarão as suas promessas sacerdotais. Nesta Missa, que habitualmente se celebra na Quinta-feira de manhã, sendo o último grande ato litúrgico antes do ínicio do Tríduo Pascal, benzem-se os santos óleos que serão usados nos catecúmenos, crismas e unção dos doentes. Nos Açores ela é antecipada de forma a que todos os presbíteros possam participar e regressar a tempo das celebrações pascais às suas paróquias, nas diferentes ilhas.

Na Quinta-feira santa o destaque vai naturalmente para a Missa da Ceia do Senhor, marcada pelo rito do Lava-pés. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar o Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.

Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.

Neste dia, na Sé haverá celebração penitencial das 9h00 às 13h00 e depois entre as 21h00 e as 22h00, uma vigília de oração.

Outro dos momentos altos do Tríduo é a Paixão, na Sexta-feira santa, que apresenta o drama da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe e do soldado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

Na Catedral, o dia começa com o Oficio de leitura e Laudes, às 11h00 e, depois, às 15h00, a celebração da Paixão do Senhor, que terá transmissão na Rádio Renascença. À noite, às 20h00, é celebrada a Via-sacra, com procissão e sermão a Nossa Senhora da Soledade, já que neste dia, particularmente, a Via-sacra que se faz durante a Quaresma, é uma forma de meditar, uma vez mais, o caminho doloroso que Jesus percorreu até à morte na cruz.

O Sábado Santo considerado como um dia alitúrgico, faz-se silêncio. Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. É por isso um dia de silêncio, até à hora da Vigília Pascal, que celebra a Páscoa do Senhor.

D. Armando Esteves Domingues presidirá à Vigília Pascal, na Sé, às 21h30, com transmissão pela RTP Açores.

Trata-se de uma celebração mais longa do que habitual, em que são proclamadas mais passagens da Bíblia do que as três habitualmente lidas aos domingos, continuando com uma celebração batismal e a comunhão.

Nos primeiros séculos, as Igrejas do Oriente celebravam a Páscoa como os judeus, ao passo que as do Ocidente a celebravam sempre ao domingo.

O Concílio de Niceia, no ano 325, apresentou prescrições sobre o prazo dentro do qual se pode celebrar a Páscoa, conforme os cálculos astronómicos (primeiro domingo depois da lua cheia que se segue ao equinócio da primavera): de 22 de março a 25 de abril.

Em 1951, o Papa Pio XII mandou celebrar a Vigília Pascal de novo como nas origens, isto é, na noite do Sábado Santo para o Domingo da Páscoa; a reforma do Concílio Vaticano II (1962-1965) confirmou esta disposição.

Atualmente, é recomendado que a Vigília seja celebrada à noite, pelo menos depois que o sol se ponha, e antes do amanhecer de domingo.

A vigília começa com um ritual do fogo e da luz que evoca a ressurreição de Jesus; o círio pascal é benzido, antes de o presidente da celebração inscrever a primeira e a última letra do alfabeto grego (alfa e ómega), e inserir cinco grãos de incenso, em memória das cinco chagas da crucifixão de Cristo.

A inscrição das letras e do ano no círio são acompanhadas pela recitação da fórmula em latim ‘Christus heri et hodie, Principium et Finis, Alpha et Omega. Ipsius sunt tempora et sæcula. Ipsi gloria et imperium per universa æternitatis sæcula’ (Cristo ontem e hoje, princípio e fim, alfa e ómega. Dele são os tempos e os séculos. A Ele a glória e o poder por todos os séculos, eternamente).

O ‘aleluia’, suprimido no tempo da Quaresma, reaparece em vários momentos da Missa como sinal de alegria.

A celebração articula-se em quatro partes: a Liturgia da Luz ou “lucernário”; a Liturgia da Palavra; a Liturgia Batismal; e a Liturgia Eucarística.

A liturgia da Palavra “percorre a história da Salvação”, propondo sete leituras do Antigo Testamento, que recordam “as maravilhas de Deus na história da salvação” e duas do Novo Testamento: o anúncio da Ressurreição segundo os três Evangelhos sinópticos (Marcos, Mateus e Lucas), e a leitura apostólica sobre o Batismo cristão.

A Liturgia Batismal é parte integrante da celebração, pelo que mesmo quando não há qualquer Batismo, faz-se a bênção da fonte batismal e a renovação das promessas, sublinhando uma história de salvação “concretizada” na vida da comunidade católica.

Do programa ritual consta, ainda, o canto da ladainha dos santos, a bênção da água, a aspersão de toda a assembleia com a água benta e a oração universal.

No domingo, a Missa da Ressurreição do Senhor terá lugar às 11h00, na Catedral, com transmissão pela RTP Açores, Antena 1 Açores e Rádio Clube de Angra.

É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando o seu espírito e o seu corpo foram reunificados.

Programa em :https://drive.google.com/file/d/1HGa_Sw-KSB4USM2vWyVvuzT8mf2ea2LD/view

Matriz da Horta

Na Matriz da Horta, às 20h30 de sábado, dia 1 de abril,  realiza-se uma Via-sacra no Bairro da Boavista e no domingo, às 11h45 haverá distribuição e bênção dos Ramos na Igreja do Carmo, seguida de Procissão para a Matriz da horta, onde será celebrada a Missa solene de Ramos, às 12h00.

Na Horta, na Quinta-feira santa, a Missa da Ceia do Senhor será celebrada às 18h30, na Igreja Matriz de São Salvador; das 20h00 às 24h00 haverá um momento de adoração Eucarística.

A Paixão, decorrerá às 15h00, que se estima ter sido a hora da morte de Jesus, na Igreja do Carmo. Segue-se  a Procissão do Senhor Morto da Igreja do Carmo para a Matriz da Horta.

No Sábado santo a Vigília é  às 19h30.

No domingo, a Procissão da Ressurreição será às 18h00, seguida da missa solenizada na Matriz.

 

 

 

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