Escola apresenta exposição 500 anos de romarias em São Miguel, até dia 28 de fevereiro
A Biblioteca Escolar da EBI de Ponta Garça, na ilha de São Miguel, promoveu esta sexta-feira a palestra “Romeiros de São Miguel Arcanjo- 500 anos de história”, proferida pelo Mestre dos Romeiros de Vila Franca do Campo, Carlos Vieira, que esteve acompanhado por Romeiros de diferentes Ranchos do concelho.
O Mestre de romeiros, partiu do livro que publicou no final do ano passado e deu a conhecer a origem das Romarias, desde 1522 até aos nossos dias; destacou o Terramoto que abalou Vila Franca do Campo (em 1922, a chamada “subversão” de Vila Franca do Campo), a Erupção Vulcânica das Furnas (1630), entre outros aspetos de enorme interesse cultural e religioso, destaca uma nota enviada ao Igreja Açores.
A segunda parte da intervenção, que despertou ainda mais interesse por parte dos alunos, debruçou-se sobre o traje do Romeiro, composto por um lenço ao pescoço, um xaile pelos ombros, um terço e um bordão nas mãos, uma cevadeira às costas e por roupa e calçado confortável; vão sempre com o mar à esquerda deles, sujeitos às condições adversas (frio, vento, chuva ou sol intenso), salienta ainda a nota
“Como já é tradição na ilha de São Miguel, na Quaresma, as Romarias marcam o início da jornada religiosa. Esta manifestação levada a cabo por grupo de “Romeiros” constituídos, tradicionalmente, por elementos do género masculino, percorrem a ilha, cantando e rezando em todas as igrejas, ermidas e fazem `visita às casinhas de Nossa Senhora´” salienta a nota.
Ainda neste âmbito, a escola de Ponta Garça tem exposta, nos seus jardins , a exposição “500 anos de Romarias”. Esta exibição esteve, anteriormente, na Praça Bento de Góis, em Vila Franca do Campo, e seguirá para o Adro da Igreja de Ponta Garça.
“Este evento foi indubitavelmente, um momento que se revelou de grande partilha e enriquecimento cultural e religioso para a comunidade escolar de Ponta Garça. A Biblioteca Escolar, mais uma vez, promove uma atividade com o objetivo de levar aos mais novos as tradições das nossas ilhas, não deixando cair por terra aquilo que é a nossa essência e que nos torna Ilhéus únicos e singulares no Mundo” conclui a nota enviada pela organização.