O presidente da Câmara Municipal de Lisboa informou hoje que o palco no Parque Tejo vai ter uma redução de 30% nos custos e a estrutura do Parque Eduardo VII será suportada pela Fundação JMJ Lisboa 2023.
Em conferência de imprensa conjunta com o coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude, D. Américo Aguiar, Carlos Moedas disse que o custo do palco no Parque Tejo, suportado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), será de 2,9 milhões de euros (o projeto anterior custava 4,2 milhões de euros) e o do Parque Eduardo VII 450 mil euros, a cargo da Fundação JMJ Lisboa 2023.
O presidente da CML falou numa “redução substancial de custos mantendo sempre a dignidade e a segurança que este evento necessita e merece”.
Carlos Moedas disse que a redução de custos do palco do Parque Tejo resulta da diminuição da sua altura, que passa de nove para quatro metros, assim como da menor área de implantação, que é agora de 3250 metros quadrados, onde podem estar até 1240 pessoas.
Entre os dias 1 e 6 de agosto decorre em Lisboa a Jornada Mundial da Juventude, com eventos previstos para o Parque Eduardo VII no primeiro dia, a Missa de Abertura, e depois o acolhimento do Papa Francisco e a via-sacra; no Parque Tejo vão decorrer no dia 5 de agosto a vigília e no dia 6, domingo, a Missa final da JMJ Lisboa 2023.
Carlos Moedas lembrou que “Lisboa será o centro do mundo durante uma semana e a JMJ será o maior evento de sempre na cidade”.
“Nunca recebemos 1,5 milhão de pessoas”, disse o presidente da CML em conferência de imprensa, valorizando o facto de se tratar de um “evento de paz e tolerância num momento tão difícil”.
Carlos Moedas disse que os portuguesas estão “conscientes” de que um evento como a JMJ tem custos proporcionais e que “são justificados e terão retorno para a cidade que vai muito para além do retorno financeiro”.
O presidente da CML reafirmou que o investimento da autarquia, por causa da JMJ, de até 35 milhões de euros, referindo que 25 milhões ficam para a cidade e 10 milhões são realizados diretamente por causa da Jornada Mundial da Juventude.
D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, lembrou que a Jornada Mundial da Juventude é um “evento esmagador” e que comporta “logísticas” que nunca foi necessário implementar em Portugal, traduzidas no acréscimo de 10% da população na cidade entre os dias do encontro.
“Nós vamos fazer a melhor JMJ de sempre com a ajuda de todos”, afirmou o coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude, reconhecendo “erros” e agradecendo o “escrutínio” da opinião e o trabalho das equipas da CML e da Fundação JMJ Lisboa 2023.
Sobre os eventos no Parque Eduardo VII, onde vai decorrer a Missa de abertura da JMJ, o acolhimento do Papa Francisco e a via-sacra, D. Américo Aguiar disse que é “muito importante a presença dos jovens neste local da cidade”, referiu que o financiamento garantido pela Fundação JMJ Lisboa 2023 resulta da colaboração de privados, famílias, empresas e da inscrição dos participantes.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 informou também que estão “quase a chegar aos 500 mil inscritos”, pré-inscrições, “pessoas que têm manifestado vontade de se inscrever”, e são provenientes de quase todos os países do mundo.
“De acordo com a lista das Nações Unidas acho que faltam 14 ou 15 nacionalidades. Digam-me, se isto não é bonito, se não é maravilhoso e importante para a cidade e para o país, acolhermos jovens do mundo inteiro”, acrescentou D. Américo Aguiar.
Ainda antes da conferência de imprensa, o presidente da República manifestou-se “satisfeito” pela redução dos custos da construção dos palcos para os eventos centrais da JMJ Lisboa 2023.
“Fico satisfeito pelo esforço feito por todos para baixar para muito menos de metade”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
(Com Ecclesia)