O Papa iniciou hoje a sua primeira visita ao Cazaquistão, que apresentou como “peregrinação de paz”, ao encontro de responsáveis religiosos de todo o mundo.
“Peço a todos que acompanhem com a oração esta peregrinação de paz. Continuemos a rezar pelo povo ucraniano, para que o Senhor lhes ofereça conforto e esperança”, referiu, este domingo, após a recitação da oração do ângelus.
Francisco visita a capital cazaque durante três dias, participando no VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais.
“Vai ser uma ocasião para me encontrar com muitos representantes religiosos e dialogar como irmãos, animados pelo desejo comum de paz, paz de que o nosso mundo está sedento”, indicou o Papa.
O Cazaquistão, com 19 milhões de habitantes, tem cerca de 120 mil católicos; Francisco é o segundo Papa a visitar este país, onde João Paulo II esteve em 2001.
O voo, de cerca de seis horas e meia, é acompanhado por 80 profissionais da Comunicação Social, que o Papa cumprimentou, agradecendo pela sua “ajuda” e desejando “bom trabalho”.
Um dos jornalistas questionou Francisco sobre uma eventual viagem à China – dado que o presidente Xi Jimping também estará no Cazaquistão. para outro evento – tendo o pontífice reiterado o desejo de visitar o povo chinês, refere o portal ‘Vatican News’.
‘Mensageiros de paz e de unidade’ é o lema da viagem internacional de Francisco ao Cazaquistão, que está escrito no logotipo em cazaque, na parte de cima, e russo, na parte de baixo; a meio, no logotipo, destacam-se mãos e um coração, uma pomba, um ramo de oliveira e um ‘shanyrak’, um elemento da casa tradicional do povo cazaque.
Neste momento, 108 delegações de 50 países estão confirmadas para o Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais, destacando-se a ausência do patriarca ortodoxo de Moscovo, Cirilo.
A chegada do Papa a Nursultan, capital do Cazaquistão, está marcada para as 17h45 (12h45 em Lisboa), onde Francisco será recebido no Palácio Presidencial; às 19h30 locais, decorre o encontro com as autoridades, representantes da sociedade civil e do corpo diplomático, na “Qazaq Concert Hall”.
A agenda de quarta-feira começa pelas 10h00, com um momento de oração em silêncio que reúne os líderes religiosos, no Palácio da Independência.
Francisco participa na abertura e sessão plenária do VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais, onde discursa, antes de alguns encontros privados com líderes religiosos; à tarde (16h45), celebra-se a Missa na ‘Praça da Expo’.
O último dia da visita inclui o tradicional encontro privado com os membros da Companhia de Jesus (Jesuítas), na Nunciatura Apostólica, onde o Papa pernoita.
Pelas 10h30, Francisco reúne-se com bispos, membros do clero e institutos religiosos, além de agentes pastorais da Igreja Católica, na Catedral Mãe de Deus do Perpétuo Socorro.
O último compromisso da viagem é a participação, no Palácio da Independência, na cerimónia de leitura da declaração final e conclusão do congresso de líderes religiosos, perante os quais volta a falar, a partir das 15h00.
Francisco fez, desde 2013, 37 viagens internacionais, nas quais visitou 56 países: Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão, Iraque, Eslováquia, Chipre, Grécia (após ter estado anteriormente em Lesbos), Malta e Canadá; Estrasburgo (França) – onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa -, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina), Genebra (Suíça) e Budapeste (Hungria), para o encerramento do Congresso Eucarístico Internacional. |