O Papa afirmou hoje que a Virgem Maria é um símbolo do “serviço”, pedindo orações pela paz no mundo.
“Olhando para Ela na glória, compreendemos que o verdadeiro poder é o serviço e que reinar significa amar. E que este é o caminho para o céu”, disse Francisco, antes da oração do ângelus, perante os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
Na solenidade da Assunção, o Papa realçou que a Virgem Maria profetizou que ter o primeiro lugar “não é o poder, o sucesso e o dinheiro, mas o serviço, a humildade e o amor”.
Francisco assinalou que cada um se pode perguntar como essa “inversão profética” anunciada por Maria toca a sua vida.
“Acredito que amar é reinar e servir é poder? Que a meta do meu viver é o Céu, o paraíso? Ou me preocupo somente com coisas terrenas, materiais? E ainda, observando os acontecimentos do mundo, deixo-me tomar pelo pessimismo ou, como a Virgem, sei perceber a obra de Deus que, com mansidão e pequenez, realiza grandes coisas?”, acrescentou, desde a janela do apartamento pontifício.
O Papa assinala que Maria hoje “canta a esperança e reacende a esperança” em cada um, e vê-se a meta do caminho: “Ela é a primeira criatura que com tudo de si, de corpo e alma, chega vitoriosa à meta do Céu”.
Francisco começou a sua intervenção a recordar, a partir do Evangelho de São Lucas, que Maria acolhe a bênção de Isabel – “palavras, cheias de fé, alegria e encanto, passaram a fazer parte da ‘Ave-maria’” – e respondeu, “presenteando”, com o ‘Magnificat’, que se pode definir como “o canto da esperança”, que contempla a obra de Deus em toda a história do seu povo.
Após a recitação da oração do ângelus, o pontifíce exortou os peregrinos e fiéis quem têm essa possibilidade a visitar um santuário mariano, neste dia 15 de agosto, para venerar Maria.
Francisco destacou que, quem está em Roma e vai rezar à Basílica de Santa Maria Maior, diante do ícone da Virgem ‘Salus Populi Romani’, também encontra uma imagem da Rainha da Paz.
O Papa pediu que se continue a evocar a intercessão de Nossa Senhora para que “Deus dê a paz no mundo”, e incentivou a rezar “em particular pelo povo ucraniano”, depois de neste domingo também ter evocado as consequências da guerra no país do leste da Europa.
O Papa desejou uma “boa festa da Assunção” a quem estava na Praça de São Pedro, às pessoas que estão de férias e a quem não pode ter “um período de descanso”, lembrando ainda quem está sozinho e os doentes.
Francisco manifestou “gratidão” a quem garante os “serviços essenciais para a comunidade”.
A Igreja Católica assinala hoje, dia 15 de agosto, a solenidade litúrgica da Assunção de Maria, um dogma solenemente definido pelo Papa Pio XII em 1 de novembro de 1950 e celebrado há vários séculos, numa data que é feriado em Portugal.
(Com Ecclesia)