O arcebispo Rino Fisichella, responsável pela organização do Jubileu 2025, apresentou esta terça-feira o logotipo oficial deste Ano Santo, que tem como tema ‘Peregrinos da Esperança’.
“A Cruz não é estática, mas dinâmica, inclinando-se para encontrar a humanidade como se não a deixasse em paz, mas sim oferecendo a certeza da sua presença e a tranquilidade da esperança”, disse o colaborador do Papa, em conferência de imprensa.
A obra escolhida é de Giacomo Travisani, o qual explicou que imaginou todas as pessoas a avançar juntas, “graças ao vento da esperança que é a cruz de Cristo e o próprio Cristo”.
O portal de notícias do Vaticano informa que o logotipo mostra como a viagem do peregrino não é individual, mas comunitária, com sinais de um dinamismo crescente que se move em direção à cruz.
O logotipo apresenta quatro figuras estilizadas, que representam a humanidade, que se agarram como sinal da solidariedade e da fraternidade que deve unir os povos; a primeira figura está agarrada a uma cruz cuja base termina em forma âncora, de onde saem ondas, que estão por baixo das figuras, indicando que a peregrinação da vida nem sempre se faz em águas calmas.
O concurso para o logotipo do Ano Jubilar 2025, “aberto a todos”, realizou-se entre 22 de fevereiro e 20 de maio; o Vaticano recebeu 294 inscrições de 213 cidades e 48 países, de pessoas com idades entre os 6 e os 83 anos.
“Muitos desenhos feitos à mão foram recebidos de crianças de todo o mundo, e foi realmente comovente ver estes desenhos fruto da imaginação e da simples fé”, salientou o arcebispo Rino Fisichella.
O responsável explicou que, durante o processo de seleção as várias candidaturas foram identificadas através de um número, para que o autor permanecesse anónimo; no dia 11 de junho, apresentou os três projetos finais ao Papa Francisco, que selecionou aquele que mais o impressionava.
Este vai ser 27º jubileu ordinário da história da Igreja; o primeiro foi proclamado por Bonifácio VIII, em 1300.
A 11 de fevereiro, o Papa Francisco publicou uma carta pedindo que o próximo Ano Santo na Igreja Católica seja uma mensagem de esperança para o pós-pandemia, associando a dimensão espiritual e a preocupação social.
Um Jubileu “ordinário” é celebrado após o período habitual de 25 anos – o último teve lugar no ano 2000 durante o pontificado do Papa São João Paulo II, e é “extraordinário” quando é proclamado por algum evento específico, como em 2015, quando o Papa Francisco proclamou um Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.
(Com Ecclesia)