Cruz e Ícone de Nossa Senhora terminaram hoje a presença nas nove ilhas, de onde partiram rumo a Lamego
Os jovens da Diocese de Angra afirmam que a passagem dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) nas nove ilhas dos Açores “não é um facto para a história”, antes uma “mudança de página” na igreja diocesana.
“A passagem dos símbolos é uma experiência muito motivadora para os jovens dos Açores e não é um facto para a história, mas deve significar uma mudança de página no dinamismo de Igreja”, afirmaram os jovens de Ponta Delgada, citados pela Agência Ecclesia.
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude peregrinaram nas nove ilhas dos Açores durante o mês de junho, encerrando a presença no arquipélago esta terça feira, depois dos dois últimos dias terem sido de peregrinação pelas instituições sociais mais relevantes da ouvidoria de Ponta Delgada, com uma paragem muito simbólica, no domingo, no único mosteiro de clausura da Região, nas Calhetas de Rabo de Peixe, onde estiveram com as irmãs Clarissas.
Em declarações ao Igreja Açores, o responsável pela organização desta viagem, padre Norberto Brum, faz um balanço “muito positivo”.
“Foi o acontecimento maior e mais mobilizador depois de dois anos de pandemia; foi interessante ver a envolvência de todas as comunidades nos seus diferentes carismas. Esta visita tirou os jovens do sofá” disse o padre Norberto Brum, presidente do Comité Organizador Diocesano da JMJ.
“Todas as ilhas participaram e esta viagem deixa uma marca e um desafio: o de nos desinstalar”.
O sacerdote deixou ainda uma mensagem para a Igreja: “é preciso apostar numa pastoral juvenil que inclua e conte efetivamente com os jovens”.
Desde o dia 27 de maio que os símbolos estiveram em peregrinação nos Açores, visitando todas as ilhas. A última paragem desde o dia 15 de junho foi a ilha de São Miguel. Cada ouvidoria organizou um programa próprio. Ponta Delgada recebeu a segunda grande celebração diocesana com uma despedida aos símbolos no passado domingo, reunindo no adro da Igreja do Convento da Esperança (a Igreja JMJ da maior ouvidoria dos Açores) centenas de pessoas e sobretudo muitos jovens de diferentes partes da ilha, com particular destaque para o números grupo de escuteiros e de romeiros, que carregou os dois símbolos desde a Rotunda da Autonomia, junto ao aeroporto até ao Campo de São Francisco.
“Os jovens devem ser os ‘influencers’ da JMJ e da novidade do Evangelho”, disse D. Américo Aguiar.
“Os símbolos passam a ser outros porque levam a vossa vida”, disse D. Américo Aguiar aos jovens açorianos a quem pediu para não “desistirem de sonhar”
“Não deixem quebrar o ânimo nem o movimento, temos que manter viva a chama”, afirmou, acrescentando que Lisboa, em agosto de 2023, pode acolher os mais de 50 mil jovens do arquipélago.
O presidente da Fundação JMJ agradeceu à equipa do Comité Organizador Diocesano (COD) da Diocese de Angra, liderada pelo padre Norberto Brum, a dinamização da peregrinação dos símbolos nas 9 ilhas dos Açores.
Nos momentos iniciais, foi acesa uma vela por cada ilha do arquipélago, simbolizando as nove realidades visitadas pela Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora.
A Missa de encerramento da peregrinação dos símbolos foi presidida por D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, e concelebrada pelo administrador diocesano, cónego Hélder Fonseca, e pelo ouvidor de Ponta Delgada, cónego José Medeiros Constância, e outros sacerdotes.
A peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, no itinerário pelas dioceses de Portugal, vai continuar na Diocese de Lamego, onde a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora chegam no sábado, dia 2 de julho, quando se assinala também a Jornada Diocesana da Juventude, em São Domingos, Fontelo (Zona Pastoral de Armamar).