Símbolos da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa 2023 estarão na Terceira entre 31 de maio e 3 de junho e 11 a 14 de junho
O reitor do Seminário Episcopal de Angra, que é também o responsável pela pastoral juvenil na ilha, afirma que a passagem dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude- a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani– pode ser um momento de grande mobilização dos jovens e potenciar uma conversão da juventude.
“A receção e o acolhimento dos símbolos têm dado muitos frutos um pouco por todo o mundo. Em África, estes dois símbolos instaram os jovens a converterem-se numa geração não-violenta, encabeçaram várias marchas pela paz e foram tocados por milhares, que os saudaram também com os trajes típicos dos seus países. Ajudaram ainda a levar reconciliação onde havia tensão, como em Timor-Leste”, lembra o padre Hélder Miranda Alexandre numa nota enviada ao Igreja Açores esta quinta-feira.
O sacerdote apela por isso à mobilização da juventude e lembra que a sua participação nos vários momentos que estão a ser preparados poderá “dar frutos”.
“Deste modo, pedimos a vossa participação e das vossas comunidades. Seria muito bom que estivéssemos todos na procissão do dia 31 de Maio e na Celebração do dia 1 de Junho!”, apela o reitor.
“A Jornada Mundial da Juventude, a realizar em Lisboa em 2023 conta com dois símbolos que a acompanham e representam: a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Nos meses que antecedem cada JMJ, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem” recorda.
“Chegou o momento de passarem pela nossa Ilha, entre os dias 31 de Maio e 3 de Junho, e novamente entre 11 de Junho e 14 de Junho” destaca descrevendo o simbolismo e a história dos dois símbolos da Jornada: a Cruz peregrina e o ícone.
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé.
Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.
“Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Em 1985, esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil”, recorda o Reitor.
Desde 2000 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens.
Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.
Os símbolos da JMJ vão estar na Região de 28 de maio a 29 de junho.