30 religiosas participam em ação de “revigoramento missionário”.
30 religiosas da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição(CONFHIC), oriundas das comunidades do Faial, Pico, São Jorge, Terceira e São Miguel vão participar numa ação de formação orientada pelo Bispo de Lamego, que se realiza na ilha Terceira entre os dias 17 e 20 de julho.
“Trata-se de uma ação de formação contínua que promovemos a vários níveis para nos ajudar e incentivar a viver o carisma desta congregação de uma forma ainda mais intensa” disse ao Portal da Diocese esta terça feira a Superiora Provincial da Congregação, Ir Noémia Alves.
Esta formação que tem como tema o “revigoramento missionário”, e destina-se exclusivamente às religiosas da Congregação, será orientada pelo Bispo de Lamego, D. António Couto, reputado biblista e autor do sítio da internet “À Mesa da Palavra”.
Ainda no fim de semana, durante a ordenação de um sacerdote na sua diocese, D. António Couto sublinhou a necessidade que a Igreja tem de cristãos adultos na fé “aqueles que sabem que precisam de Deus a todo o momento” e que “carinhosamente atentos uns aos outros” não sabem viver sem repartir “o pão e o coração”, recordando que “nenhum arrogante raciocínio, nenhum orgulho, conduz a Deus. Jesus não aponta para coisas nem ensina coisas” porque Ele “dá-se”.
A CONFHIC foi fundada em Portugal a 3 de maio de 1871, pelo Pe Raimundo dos Anjos Beirão e pela Madre Maria Clara do Menino Jesus e surgiu “como resposta evangélica às inúmeras carências com que se debatia o povo português em meados do séc. XIX, tendo como fim específico tornar visível no mundo a Misericórdia divina, através da Hospitalidade, encarada como acolhimento dinâmico, servindo a humanidade sofredora, de preferência os mais pobres, e exercendo para com eles as obras de misericórdia”, diz a página da Congregação.
Seguindo o lema dos Fundadores “Onde houver o Bem a fazer, que se faça”, a Congregação exerce a sua missão nos sectores de educação, saúde, assistência a crianças e idosos, promoção social, evangelização directa e Missões “ad Gentes”.
Atualmente conta com 528 religiosas, 30 das quais nos Açores.
O problema da diminuição do número de vocações para a vida consagrada é “real” e “não é exclusivo dos Açores, atravessando toda a Europa”, reconhece a Superiora Provincial da CONFHIC.
“É um desafio não só para as congregações mas para toda a igreja que nos impele a apostar por um lado, numa Pastoral da Família, das Escolas e nas Igrejas dando a conhecer o essencial da vocação consagrada”, diz a Ir Noémia Alves sublinhando, também, a importância da Pastoral Juvenil.
“É na adolescência que surgem as interrogações e se orientam vocações. Se explicarmos e dermos a conhecer a beleza da vida consagrada provavelmente os jovens sentir-se-ão mais despertos para esta vocação que deve e tem de ser valorizada por todos”, conclui.
Noémia Alves reconhece que hoje os jovens são “mais individualistas e querem dispor da sua vida conforme entendem” e a “opção pelo mais fácil pode afastá-los desta vida”; por isso, remata afirmando “que é necessário encarar este problema como um problema de todos e da igreja, em particular, porque a messe é grande, mas os operários são poucos”.