Paróquia de Santa Catarina no Faial assinala 500 anos

Comemoração foi pontuada por uma missa de ação de graças presidida pelo Bispo de Angra.

O Bispo de Angra exortou hoje os cristãos açorianos a fazerem uma “revisão” de vida e a mudarem a sua atitude comprometendo-se cada vez mais como “testemunhos vivos” do Evangelho, durante a eucaristia a que presidiu para assinalar os 500 anos da criação da paróquia de Santa Catarina, na freguesia de Castelo Branco, na ilha do Faial.

 

“Esta comemoração é o momento de revisão de vida e de relançamento do ardor missionário” porque “o mundo mudou” e, por isso, “urge uma conversão pastoral em chave missionária”, disse D. António de Sousa Braga, na sua homilia (Clique aqui para homilia »»»).

 

“Como transmitir o que não muda, num mundo em mudança?  Só mudando. Não o Evangelho, que é o mesmo de sempre, mas a nossa atuação pastoral e, sobretudo, a nossa vida, que tem de ser um testemunho vivo do Evangelho de Jesus. Só assim é que seremos a Igreja de Jesus Cristo, hoje, aqui e agora, continuando a história desta paróquia, que hoje cumpre 500 anos”, sublinhou o prelado diocesano.

 

A paróquia de Castelo Branco assinala esta quinta feira 500 anos, mais 20 que a própria Diocese e a sua instalação está intimamente ligada ao povoamento dos Açores, como de resto assinalou o Bispo de Angra durante a homília.

 

“O povoamento realiza-se em íntima ligação com a Igreja”, entendida não apenas como edifício, mas, “como comunidade”, o que pressupõe sempre uma noção de “vizinhança”, ou seja” “de ajuda ao próxiomo e de comunhão”.

 

Lembrando as palavras do Papa Francisco na exortação Apostólica A Alegria do Evangelho, D. António de Sousa Braga pediu aos açorianos- “aos leigos que são a maioria” que se comprometam de “uma forma mais clara e decidida” e “como Igreja se tornem cada vez melhores”, dando “um testemunho de comunhão fraterna, que se torne fascinante e resplandecente”.

 

Neste sentido voltou a insistir na ideia de que a Igreja tem de abandonar uma pastoral de Conservação/manutenção para se tornar numa igreja Peregrina que atende e socorre “em pleno campo após uma batalha”.

 

Tal como Francisco, também o prelado diocesano diz que quer uma igreja em “saída”, “acidentada, ferida e enlameada” mas “aberta e acolhedora” que saiba “curar as feridas abertas”.

 

Depois da Eucaristia realizou-se a Procissão do santissimo Sacramento.

 

Esta Paróquia invoca Santa Catarina de Alexandria.

 

De acordo com a Enciclopédia Açoriana, o primeiro documento que se refere à freguesia e à sua igreja, data de 30 de Julho de 1568, não obstante o primeiro assento paroquial ter a data de 1643, um óbito.

 

O Rei D. Manuel I, por alvará de 10 de Julho de 1514, mandou construir um lugar de culto, mas a  primitiva igreja paroquial foi construída só depois das igrejas paroquiais da Horta, da Feteira e dos Flamengos. A atual data de 1767.

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