Por Renato Moura
A Rússia, às ordens da loucura de Putin, invadiu a Ucrânia. Guerra. Violências bárbaras. Mortes de adultos e crianças. Ataques a hospitais e instituições com crianças, zonas habitacionais. Sofrimento e terror. Êxodo de mulheres e crianças, choro pungente na despedida forçada dos maridos e pais, que porventura nunca voltarão a ver, por ficarem na honrosa defesa da pátria.
Parece oportuno reflectir. Assim partilhamos alguns pensamentos de pessoas que receberam o prémio Nobel da Paz, nos anos a seguir referidos.
1905 – Bertha von Suttner, nascida em Praga, escritora, pacifista, cuja obra mais destacada foi “Abaixo as Armas”, primeira mulher a receber o Nobel da Paz, falecida dois meses antes do início da I Guerra Mundial. Afirmou “Os resultados proveitosos de uma paz mundial estável são quase inconcebíveis, mas ainda mais inconcebíveis são as consequências da ameaçadora guerra mundial para a qual muitas pessoas insensatas se estão a precipitar”.
1921 – Hjalmar Branting, nascido em Estocolmo, jornalista, político e primeiro-ministro da Suécia, escreveu “A fraternidade entre as nações, todavia, toca o mais profundo desejo da natureza humana”.
1957 – Lester B. Pearson, nascido em Toronto, historiador, diplomata, primeiro-ministro do Canadá, trabalhou nas Nações Unidas. Afirmou “O Homem conquistou o espaço. Mas ainda não se conquistou a si próprio. Se o tivesse feito, não estaríamos tão preocupados como estamos com as potencialidades destrutivas dos avanços cientifícios. Em resumo, a consciência moral e o poderia físico estão desproporcionados”.
1971 – Willy Brandt, alemão, jornalista e chanceler da República Federal da Alemanha, considerava “Não podemos permitir que a incerteza do presente nos torne também incertos”.
1974 – Eisaku Sato, político japonês e primeiro-ministro, que trouxe o Japão para o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Considerou “Se alcançar a paz é o objectivo máximo de todos os estadistas, é, ao mesmo tempo, algo bastante vulgar, intrinsecamente ligado à vida quotidiana de cada indivíduo”.
1983 – Lech Walesa, polaco, católico, activista dos direitos humanos, fundador do Sindicato Solidariedade, primeiro presidente da Polónia depois da derrocada comunista, opinou “É quase impossível construir seja o que for se a frustração, a amargura e o espírito de impotência prevalecerem”.
Cada um de nós deve assumir atitude activa: acompanhando, aprendendo, opinando, intervindo, julgando, exercendo solidariedade. Procurando explicar e tranquilizar as crianças. Orando pela paz.