Grupo começa a trabalhar no inicio do próximo ano. Entretanto, o Conselho Permanente da CEP reunido esta manhã em Fátima decidiu manter regras de segurança para celebrações de Natal
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) espera ter constituído antes da Assembleia Plenária de abril o grupo coordenador nacional das comissões diocesanas de proteção de menores e adultos vulneráveis.
A constituição deste grupo, que foi anunciado no mês de outubro, não tem nada a ver com a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos de Menores na Igreja, liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, e cujas linhas de ação deverão ser apresentadas publicamente no próximo dia 10 de janeiro, disse hoje, em Fátima, o porta-voz e secretário da CEP, padre Manuel Barbosa.
Este grupo coordenador, cuja constituição tem sido atrasada devido à situação pandémica, terá como objetivo definir critérios e procedimentos comuns às 21 comissões diocesanas, bem como prestar-lhes apoio, nomeadamente na gestão da informação.
Quanto ao relacionamento que este grupo coordenador irá ter com a comissão liderada por Pedro Strecht, o porta-voz da CEP escusou-se a apontar qualquer caminho, pois desconhece o que esta comissão “está a preparar” em termos metodológicos para apresentar em janeiro, mas fez questão de sublinhar que a equipa do pedopsiquiatra gozará de total independência.
Quanto à constituição do grupo que fará a coordenação das 21 comissões diocesanas, Manuel Barbosa, no final da reunião do Conselho Permanente da CEP, que hoje decorreu em Fátima, disse que já existem “alguns nomes” equacionados, mas “não está ainda nada definido”.
Outra questão abordada foi a situação pandémica, com o porta-voz da CEP a afirmar que não estão, para já, previstas “orientações específicas complementares” para o período do Natal, devendo ser cumpridas as orientações atualmente em vigor.
À semelhança do que ocorreu no ano passado, continua suspenso o ato de beijar a imagem do Menino Jesus, bem como o abraço da paz ou a existência de água benta nas pias à entrada das igrejas.
A obrigatoriedade do uso de máscara, apenas retirada para a comunhão, mantém-se.
Manuel Barbosa comentou, ainda, a vacinação das crianças a partir dos 5 anos, considerando que, havendo a decisão por parte das autoridades de saúde, tendo “um fundamento técnico”, a Igreja só se pode “congratular com essa ou outras situações [que] são para o bem da própria criança e o bem de todos”.
O itinerário de iniciação à vida cristã, o rito da instituição do ministério de catequista e o processo sinodal em curso, foram outros temas abordados pelo Conselho Permanente da CEP na reunião de hoje.
(Com Lusa)