O Papa pediu hoje orações para a sua próxima viagem, ao Chipre e à Grécia, que se inicia esta quinta-feira, uma visita marcada pelo diálogo ecuménico e atenção aos refugiados.
“Terei também a oportunidade de me aproximar de uma humanidade ferida na carne de tantos migrantes em busca de esperança: irei a Lesbos”, disse Francisco, no final da audiência pública semanal, que decorreu esta manhã no Auditório Paulo VI.
O Papa deixou uma saudação aos “queridos povos” do Chipre e da Grécia – onde os católicos são, respetivamente, 4% e 1% da população -, “países ricos em história, espiritualidade e civilização”.
“Será uma viagem às fontes da fé apostólica e da fraternidade entre cristãos de várias confissões”, acrescentou.
A visita decorre 2 a 6 de dezembro.
Francisco enviou, como é tradição, uma mensagem em vídeo às populações dos dois países, sublinhando que a Europa “não pode ignorar o Mediterrâneo”.
“O ‘mare nostrum’, que liga tantas terras, convida a navegar juntos, não a dividir-nos, indo cada um sozinho, especialmente neste período em que a luta contra a pandemia ainda exige muito empenho e a crise climática pesa gravemente. O mar, que abraça muitos povos, com seus portos abertos, nos lembra que as fontes de convivência estão no acolhimento recíproco”, referiu.
O Papa evocou as pessoas que fogem das guerras e da pobreza, advertindo que hoje o Mediterrâneo é “um grande cemitério”.
No Chipre, a viagem papal tem por tema ‘Consolai-vos na Fé’, e a imagem gráfica é construída a partir do mapa do Chipre, com o Papa Francisco à esquerda, voltado para São Barnabé, patrono da Ilha, com um ramo de oliveira amarrado a uma espiga, à direita.
Na Grécia, o logotipo representa a Igreja como uma barca “que atravessa águas turbulentas do mundo, com a cruz de Cristo como mastro e o Espírito Santo a inflamar as velas, cuja forma estilizada evoca a figura do Papa”.
Francisco é o segundo Papa a visitar os dois países: o Papa emérito Bento XVI esteve no Chipre, em 2010; São João Paulo II visitou a Grécia em 2001.
O atual Papa já esteve no campo de refugiados de Lesbos, em 2016.
(Com Ecclesia)