A iniciativa decorre em Ponta Delgada, a 25 de novembro
Os casais e as famílias da ouvidoria de Ponta Delgada acabam de ser convidados para um Encontro para refletir sobre a Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”, no próximo dia 25, às 20h00, no Centro Pastoral Pio XII, em Ponta Delgada.
O convite que surge no contexto do ano da família Amoris Laetitia que se está a comemorar até ao próximo dia 26 de junho, pretende colocar as famílias no centro da discussão em torno dos seus próprios desafios.
Além dos casais estão convidados os movimentos de apostolado ligados à família bem como os serviços ligados à pastoral familiar.
O Papa Francisco convocou a 27 de dezembro de 2020, em plena pandemia, um “ano especial” dedicado a família, a partir de 19 de março de 2021, assinalando o 5.º aniversário da exortação ‘Amoris Laetitia’, resultado de duas assembleias do Sínodo dos Bispos.
Na altura, o Dicastério da Família e Laicado afirmava que seria uma oportunidade para aprofundar os conteúdos do documento. Estas reflexões foram colocadas à disposição das comunidades eclesiais e das famílias, para os acompanhar no caminho.
O anúncio foi feito no dia em que a Igreja Católica celebrou a festa litúrgica da Sagrada Família (primeiro domingo depois do Natal).
Esta celebração, observou o Papa, propõe “o ideal do amor conjugal e familiar, como foi destacado na exortação apostólica Amoris Laetitia, cujo quinto aniversário da sua promulgação acontece no próximo dia 19 de março”.
Este ano especial foi inaugurado na solenidade de São José , a 19 de março, e decorre até à celebração do X Encontro Mundial das Famílias, em Roma, a 26 de junho de 2022.
O Papa convidou todos a unir-se às iniciativas que vão ser promovidas durante o ano, coordenadas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé).
O Papa publicou a 8 de abril de 2016 a sua exortação apostólica sobre a Família, Amoris laetitia’(A Alegria do Amor), uma reflexão que recolhe as propostas de duas assembleias do Sínodo dos Bispos (2014 e 2015) e dos inquéritos aos católicos de todo o mundo.
Ao longo de nove capítulos, em mais de 300 pontos, Francisco dedica a sua atenção à situação atual das famílias e os seus numerosos desafios, desde o fenómeno migratório à “ideologia de género”; da cultura do “provisório” à mentalidade “antinatalidade”, passando pelos dramas do abuso de menores.
A exortação apresenta um olhar positivo sobre a família e o matrimónio, face ao individualismo que se limita a procurar “a satisfação das aspirações pessoais”.
O Papa observa que a apresentação de “um ideal teológico do matrimónio” não pode estar distante da “situação concreta e das possibilidades efetivas” das famílias “tais como são”, desejando que o discurso católicos supere a “simples insistência em questões doutrinais, bioéticas e morais”.
Nesse sentido, propõe uma pastoral “positiva, acolhedora” e defende um caminho de “discernimento” para os católicos divorciados que voltaram a casar civilmente, sublinhando que não existe uma solução única para estas situações.
Em Portugal, várias dioceses que publicaram documentos sobre a aplicação das propostas para a pastoral familiar, após as duas assembleias sinodais (2014 e 2015) sobre o tema, nomeadamente no que respeita ao capítulo VIII da Amoris Laetitia.
A Santa Sé preparou, para o ano especial dedicado às famílias, um conjunto de propostas espirituais, pastorais e culturais, além de 12 percursos de reflexão, partilhados num documento que apresenta os objetivos desta iniciativa do Papa.