O Papa concluiu hoje uma visita de quatro dias à Hungria e Eslováquia, a primeira após a intervenção cirúrgica a que foi submetido em julho, marcada por banhos de multidão e mensagens em favor dos mais vulneráveis.
A 34ª viagem internacional do pontificado começou na manhã de domingo, em Budapeste, onde Francisco encerrou o Congresso Eucarístico Internacional, após encontros com responsáveis católicos e autoridades civis.
Com a crise de refugiados como pano de fundo, o Papa pediu que as comunidades católicas estejam abertas a todos, inspiradas pela sua herança cristã, promovendo o diálogo entre culturas e religiões.
Já na Eslováquia, Francisco abordou os desafios de um país jovem, com raízes históricas, e o seu papel na Europa, apontando ao pós-pandemia e à necessidade de solidariedade, olhando para lá da recuperação económica.
A viagem evocou a memória das perseguições totalitárias que marcaram o último século, com homenagens aos “mártires” eslovacos e às vítimas do Holocausto.
Em Kosice, no leste da Eslováquia, o Papa presidiu à Divina Liturgia em rito bizantino, num momento de festa para os católicos desta comunidade, que foram perseguidos durante o regime comunista, no século XX.
Ao longo dos últimos dias, Francisco deixou apelos à defesa dos marginalizados, com visitas simbólicas a pessoas em situação de sem-abrigo e à comunidade cigana, num dos bairros mais pobres da Eslováquia.
A agenda incluiu um momento de festa com os jovens, a quem o Papa deixou alertas contra as ilusões do consumismo.
Esta manhã, a visita passou pelo Santuário de Sastín, celebrando a festa nacional da padroeira da Eslováquia, Nossa Senhora das Dores.
Francisco agradeceu a todos os que o acolheram nesta “peregrinação”, que se conclui pelas 14h30 (hora de Lisboa) com o regresso a Roma.
(Com Ecclesia)