O Papa fez hoje uma surpresa a pessoas desfavorecidas que receberam, no Vaticano, a segunda dose da vacina contra a Covid-19, oferecendo-lhes um ovo de chocolate.
A iniciativa assinalou o dia de São Jorge, onomástico de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, informou a sala de imprensa da Santa Sé em nota enviada aos jornalistas.
O Papa esteve no átrio do auditório Paulo VI com o grupo de pessoas pobres, que são acolhidas e acompanhadas por instituições solidárias, na capital italiana.
Francisco saudou os presentes, ao longo do percurso preparado na sala para a vacinação, desde a entrada até à sala de espera, após o procedimento.
Após este percurso, “parou para lhes oferecer um ovo de chocolate, que foi distribuído a todos pela equipa de voluntários, cumprindo as medidas de saúde previstas”.
O Vaticano relata que os presentes “entoaram os parabéns ao Santo Padre”, enquanto este se detinha para conversar com alguns voluntários, “em clima de festa e carinho, agradecendo-lhes e recomendando-lhes que ‘continuem o seu empenho’”.
“Através do esmoler, o Santo Padre dirigiu palavras de agradecimento a todos aqueles que contribuíram para o processo de vacinação e para a iniciativa da ‘vacina suspensa’, que permitirá chegar a muitos que esperam por uma vacina nos países mais pobres”, acrescenta a nota.
Esta quinta-feira, o Vaticano tinha destacado a oferta da segunda dose da vacina contra a Covid-19 a um grupo de 600 pessoas pobres.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Esmolaria Pontifícia (Santa Sé) informa que a vacinação decorre, 20 dias depois da primeira dose, do auditório Paulo VI, que chegou a 1400 pessoas durante a Semana Santa.
A Santa Sé agradece a todas as pessoas que ofereceram vacinas a quem estaria “impossibilitado” de aceder às mesmas – homens e mulheres com mais de 60 anos, com graves problemas físicos e dificuldades de acesso aos serviços nacionais de saúde.
O esmoler pontifício, cardeal Konrad Krajewski, explica ao portal ‘Vatican News’ que neste dia de festa “Francisco decidiu dar e não receber algo, no puro estilo evangélico”.
Em 2020, o Papa enviou ventiladores para a Roménia, em plena primeira vaga da pandemia.
O Vaticano anuncia ainda a oferta de 100 mil euros ao núncio apostólico na Síria, cardeal Mario Zenari, para a compra de vacinas.
“Esperamos arrecadar outros donativos, para serem enviados a outras partes do mundo, contribuindo assim para a aceleração do lançamento da vacina”, indica o padre Augusto Zampini, subsecretário do Dicastério para o Desenvolvimento Integral e membro da gestão da Comissão do Vaticano para a Covid-19.
(Com Ecclesia)