Rabo de Peixe continua a ser uma das preocupações das autoridades regionais que temem novos casos em todo arquipélago a seguir ao Natal
As duas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira vão ficar de fora das restrições impostas à circulação no território continental entre o Natal e o Ano Novo. Ainda assim e sem medidas anunciadas para já, as autoridades regionais pedem prudência na forma de celebrar o Natal.
Em Rabo de Peixe, onde há o maior foco ativo no arquipélago, mo Presidente da Junta de freguesia em declarações aos jornalistas, pediu moderação nas celebrações dizendo que mesmo nesta quadra “não pode valer tudo”.
“É preciso fazer as recomendações, porque, sem isso, em janeiro estaremos numa situação complicada”, avisou Jaime Vieira.
O responsável político elogiou a “forma muito responsável” como a população reagiu perante o surto de covid-19 na freguesia, mas alertou para perigos durante o Natal.
O autarca realçou “a coragem que o Governo Regional teve” ao permitir que a população fosse testada em massa, afirmando que esta “foi uma medida que veio salvar muita gente”, mas elogiou também a “forma muito responsável” com que a população lidou com as medidas implementadas na vila, que esteve sujeita a uma cerca sanitária durante dez dias.
Com a segunda fase de testagem feita, o social-democrata admite que acreditava “que podia ser pior”: “são famílias numerosas, com muita gente que tinha dado negativo na altura, e fazer o rastreio e a testagem, perante a situação, tem de nos deixar satisfeitos”.
“Ficaremos mais gratos se todas as pessoas que hoje estão positivos, e têm de cumprir isolamento, continuarem a respeitar e a ficar em casa. Se isso acontecer, rapidamente estaremos ao nível das outras localidades”, defendeu.
Jaime Vieira mencionou que “basta andar em Rabo de Peixe para perceber a realidade diferente”, já que “há pouca gente na rua” e isso “traz muita esperança para o futuro”.
“Perante os resultados de recuperações, rapidamente podemos sair desta situação”, reforçou.
A vila de Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, tinha, na segunda-feira, dia em que a cerca foi levantada, 221 casos ativos de covid-19, mas hoje já são apenas 136.
A freguesia esteve entre dia 03 e as 23:59 de domingo com uma cerca sanitária, tendo também sido testada a população da vila, numa ação descrita pela junta como uma “mega-operação”.
(Com Lusa)