O Papa disse hoje no Vaticano que 2020 foi um ano de “extraordinário sofrimento”, por causa da pandemia, destacando o impacto da Covid-19 na área da Educação, com milhões de crianças sem aulas.
“Este foi um ano de extraordinário sofrimento por causa da pandemia de Covid-19. Um ano de isolamento obrigatório, de exclusão, de angústia e crises espirituais, de não poucas mortes, e de uma crise educativa sem precedentes”, destacou.
Francisco falava, num mensagem em vídeo, aos participantes da ‘Missão 4.7’ e do Pacto Global para a Educação, sobre o tema ‘A educação é um ato de esperança’.
A intervenção, divulgada pela Santa Sé, denuncia dois “grandes males” da cultura contemporânea, “a indiferença e o descarte”.
O Papa aludiu à interrupção das atividades educativas de “mais de mil milhões de crianças”, deixando para trás centenas de milhões de menores nas oportunidades de “desenvolvimento social e cognitivo”.
“Em muitos lugares, a crise biológica, psíquica e económica piorou muito por causa das crises políticas e sociais”, denunciou.
Francisco agradeceu pela iniciativa promovida no Vaticano que dá continuidade ao Pacto Global pela Educação lançado pelo próprio Papa em outubro.
A intervenção encerrou-se com um convite pelo trabalho conjunto em favor de uma “civilização do amor, da beleza e da unidade”.
Em outubro, o Papa alertava para uma “catástrofe educativa” provocada pela Covid-19, que afastou milhões de crianças das escolas e fez aumentar as desigualdades.
O ‘Pacto Educativo Global’ (Global Compact on Education) apresenta sete compromissos por um mundo diferente, na promoção do diálogo ente culturas, da paz e da ecologia integral.
(Com Ecclesia)