Igreja Açoriana mantém todas as regras de segurança em vigor desde o desconfinamento em maio
O Governo Regional dos Açores prorrogou hoje a situação de calamidade pública para ilhas com ligação ao exterior, e as restantes ilhas passam de situação de alerta para situação de contingência, avançando com novas medidas.
Na sequência da declaração do estado de emergência em todo o território nacional, a Região Autónoma dos Açores mantém a situação de calamidade pública em Santa Maria, São Miguel, Terceira, Pico e Faial, e decreta que a Graciosa, São Jorge, as Flores e o Corvo devem passar ao nível de contingência.
Depois de ter adiantado na sexta-feira que toda a comunidade escolar da Escola Secundária da Ribeira Grande seria testada, o Governo Regional informa hoje que a escola ficará encerrada até 16 de novembro, já que foram detetados três casos positivos, “cujas turmas se encontram em isolamento profilático”.
Em comunicado enviado hoje, o executivo açoriano avança com novas medidas, que vigoram em todo o arquipélago, entre segunda-feira, 09 de novembro, e dia 30 de novembro, como “o encerramento de estabelecimentos de bebidas e similares, com espaços de dança”.
As visitas a utentes de lares de idosos ficam suspensas, “salvo situações excecionais, com limitação a um visitante, em horário restrito”, e observando todas as regras de segurança,
Já os centros de convívio serão encerrados.
Os eventos e competições desportivas deixam, novamente, de ter público a assistir.
Foi ainda determinada a suspensão da realização de eventos públicos promovidos por entidades da administração pública regional, e recomenda-se às autarquias e entidades privadas que cumpram o mesmo princípio.
O Governo aconselha que as deslocações interilhas sejam limitadas ao essencial e que, “até à obtenção do teste de despiste feito ao 6.º dia, os passageiros limitem as deslocações ao essencial e cumpram sempre as regras de distanciamento físico e de utilização de máscara.
Às autarquias locais é pedida a “sinalização, junto das forças de segurança e entidades inspetivas competentes, do não cumprimento das regras”.
A Igreja açoriana mantém as restrições impostas desde o inicio do desconfinamento em maio: ocupação de um terço dos espaços que acolhem celebrações publicas de culto, distanciamento fisico e uso obrigatório da máscaras dentro dos espaços abertos ao culto, ou espaços museológicos da Igreja.
Também as reuniões de movimentos devem respeitar as regras de segurança articuladas entre a Igreja em Portugal e as autoridades de saúde.
Atualmente, a região mantém 121 casos ativos de covid-19, dos quais 95 são em São Miguel, 15 na Terceira, seis no Pico, dois no Faial, e as ilhas da Graciosa, Santa Maria e Flores têm um caso cada.
Desde o início do surto, foram detetados nos Açores 441 infeções pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela doença covid-19, e morreram 16 pessoas, todas em São Miguel.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 48,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal morreram 2.792 pessoas dos 166.900 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
(Com Lusa)