O Papa associou-se hoje à celebração do Dia Mundial contra o trabalho infantil (12 de junho) alertando para formas de “escravatura” e “reclusão” que afetam crianças de vários países.
No final da audiência geral que decorreu na biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano, Francisco lançou um apelo às instituições internacionais, “para que façam todos os esforços para proteger os menores, colmatando as lacunas económicas e sociais que estão na base da dinâmica distorcida em que eles, infelizmente, estão envolvidos”.
O pontífice denunciou a exploração do trabalho infantil, “fenómeno que priva meninos e meninas da sua infância e põe em risco o seu desenvolvimento integral”.
“Na atual situação de emergência sanitária, em vários países, muitas crianças e adolescentes são obrigados a trabalhar, em empregos desadequados para a sua idade, para ajudar as suas famílias em condições de extrema pobreza. Em muitos casos, estas são formas de escravatura e reclusão, resultando em sofrimentos físico e psicológico”, afirmou.
Francisco afirmou que “todos” são responsáveis por esta situação.
“As crianças são o futuro da família humana: todos temos a tarefa de promover o seu crescimento, saúde e serenidade”, concluiu.
Segundo a ONU, existem 152 milhões de crianças a trabalhar, em todo o mundo.
O portal de notícias do Vaticano destaca o caso de Zohra, menina paquistanesa de oito anos que trabalhava como empregada doméstica e foi espancada até à morte na casa onde se encontrava.
A pobreza extrema leva muitos pais a enviar os seus filhos para trabalhar com famílias mais ricas, geralmente com a promessa de escolaridade e educação, que acaba por não se concretizar.
(Com Ecclesia)