Cáritas Portuguesa lança fundo de emergência centrado na ajuda alimentar

A Cáritas Portuguesa lançou hoje um fundo de emergência para a resposta à crise provocada pela pandemia de Covid-19, centrado na ajuda alimentar, com um valor de 130 mil euros.

O montante é proveniente de fundos próprios da organização católica, com 100 mil euros para vales de aquisição e 30 mil euros para apoios a “situações pontuais urgentes”, refere uma nota da instituição, enviada à Agência ECCLESIA.

O apoio na aquisição de alimentos e bens essenciais vai chegar a 2 mil pessoas (aproximadamente 500 famílias), através das várias Cáritas Diocesanas.

“Face à emergência sanitária, a rede Cáritas em Portugal assumiu, em primeiro lugar, a preocupação de manter ativos todos os serviços essenciais à população implementando medidas de autoproteção nas respostas onde os utentes estão presentes e sem retaguarda familiar”, realça o comunicado.

A nova etapa na resposta à emergência social centra-se naquela que foi identificada como “principal dificuldade” no terreno, o acesso a bens alimentares.

“Acreditamos estar, desta forma, a dar um sinal à sociedade de que estamos atentos às suas dificuldades e poderemos apoiar a nossa rede agilizando a logística e a segurança das Cáritas Diocesanas no apoio às pessoas que as procuram e, ao mesmo tempo, a salvaguarda a dignidade, autonomia e privacidade dos beneficiários”, assinala Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa.

A rede nacional da organização católica assume o objetivo de “trabalhar para que todos os que estão em situação de maior vulnerabilidade tenham condições para uma subsistência com dignidade”.

“É um trabalho que nenhuma organização faz de forma isolada. Apoiamos as famílias em complementaridade com aquilo que é feito pelas autoridades nacionais e locais, bem como outras entidades, através de respostas de apoio social”, acrescenta Eugénio Fonseca.

A organização católica de solidariedade e ajuda humanitária regista um aumento dos pedidos de apoio, desde o início da atual crise provocada pela propagação do novo coronavírus.

A Cáritas Portuguesa identifica cinco grupos considerados de “apoio prioritário”: população sénior, famílias e crianças em situação de vulnerabilidade, pessoas em situação de sem-abrigo, reclusos ou ex-reclusos em situação de inserção, migrantes em situação de vulnerabilidade social.

A rede nacional Cáritas dá, anualmente, resposta a cerca de 100 mil pessoas no atendimento nacional e 40 mil pessoa em respostas sociais.

(Com Ecclesia)

 

 

Scroll to Top