Normas gerais devem ser conhecidas entretanto e enviadas para todas as dioceses
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) “está a preparar orientações gerais” para a “retomada possível e gradual” de celebrações comunitárias e o culto nas igrejas, adiantou hoje o órgão que reúne os bispos portugueses, em comunicado.
“Como aconteceu no princípio desta epidemia, o Conselho Permanente está a preparar orientações gerais, em diálogo com as autoridades governamentais e de saúde, para quando terminar esta terceira fase do estado de emergência, com a retomada possível e gradual das celebrações comunitárias da Eucaristia e outras manifestações cultuais”, adiantou a CEP, que é presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.
No mesmo documento manifestou ainda a solidariedade para com a população, pela “atitude de cuidada prevenção”, mas também com os doentes, familiares de vítimas da covid-19, e profissionais de saúde, forças de segurança e trabalhadores dos lares, e adiantou que a assembleia plenária para eleger os novos órgãos da CEP para o triénio 2020-2023 decorre de 15 a 17 de junho em Fátima.
Os bispos reuniram-se um dia depois de o primeiro-ministro, António Costa, se ter encontrado com Manuel Clemente, no Seminário dos Olivais, para discutir as condições para o levantamento de restrições à circulação a partir de maio, depois de terminada a atual fase de estado de emergência por causa do combate à pandemia de covid-19.
“Estamos em diálogo com a Igreja Católica, assim como com outras instituições, de forma a compatibilizar a celebração da fé com as regras de proteção social que terão de ser mantidas para travar a pandemia”, declarou o líder do executivo no final do encontro, tendo considerado que a igreja católica tem sido exemplar no combate à propagação do vírus.
Portugal regista hoje 762 mortos associados à covid-19 em 21.379 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais”.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
(Com Lusa)