Pelo Pe José Júlio Rocha.
“O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.
Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor.” (Salmo 34)
Um amigo meu foi visitar a sua mãe, muito velhinha e já com alguma demência. Não se aproximou dela para lhe dar o beijo do costume e tentou, em vão, explicar-lhe o porquê. Ela disse-lhe: “mas eu não estou doente, não te vou pegar a doença…”
Parece que, perante esta situação, muitos dos nossos idosos começam a sentir-se culpados, como aqueles que, já dependentes, sofrem por dar tanto trabalho aos filhos. Há, nestes dias, muitos corações atribulados. A alma sofre. Até o corpo também, de alguma forma.
Mas Deus está próximo dos corações atribulados, como diz o salmo da liturgia de hoje. Gostaria eu também, como sacerdote, mediador entre Deus e os homens, de poder também estar mais próximo, e assim demonstrar a proximidade do Amor do Pai.
Não o podendo fazer, com muita humildade deixo aqui o meu número de telemóvel, na esperança de poder dar uma palavra amiga ou de consolo a quem se sente mais frágil e atribulado, pensando sobretudo nas comunidades do Porto Martins e Fonte do Bastardo: 962 406 156.
O Senhor abençoará o Seu Povo na Paz.