O bispo de Angra, nos Açores, numa carta dirigida a todo o clero diocesano, incentiva os sacerdotes da diocese a transmitir as celebrações da Semana Santa e Tríduo Pascal, com a ajuda das novas tecnologias.
O apelo de D. João Lavrador surge da sequência das determinações feitas pela Congregação para o Culto Divino, que publicou um novo decreto sobre as celebrações da Semana Santa e do Tríduo Pascal, que vão decorrer sem assembleia nos países onde se verifiquem restrições sanitárias, como é o caso de Portugal.
“Nestes tempos conturbados e difíceis que estamos a viver e que apelam à serenidade, à responsabilidade e à comunhão exortando-vos a redobrar de modo criativo a vossa forma de serdes pastores no meio do Povo de Deus que vos está confiado”, escreveu o prelado aos sacerdotes da diocese açoriana.
Na mensagem sobre as celebrações pascais, o bispo de Angra apela à celebração do Tríduo Pascal, “em celebração privada, e dentro do possível” transmitida pelas redes sociais ou internet.
D. João Lavrador convida cada pároco, “sem deixar de respeitar as normas sanitárias vigentes”, a encontrar “uma forma criativa” de se tornar presente através de um sinal pascal junto dos seus paroquianos.
Na mensagem o bispo diocesano também informa as disposições que a Santa Sé – através da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos – publicou para a celebração do Tríduo Pascal no atual contexto de pandemia do novo coronavírus.
O bispo de Angra informou ainda o clero diocesano que “não é possível” realizar as várias celebrações de “renovação das promessas sacerdotais”, pelo que a Missa Crismal e celebração das datas jubilares dos sacerdotes vai acontecer às 18h00 horas do dia 21 de junho, na Sé de Angra, para a Vigararia do Centro; a 23 de junho, para os sacerdotes da Vigararia do Ocidente, no Pico (Madalena); e dois dias depois, na igreja Matriz de Ponta Delgada, para os sacerdotes da Vigararia do Nascente.
Recorde-se que a Santa Sé atualizou as indicações para a organização das celebrações que vão desde o Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa, menos de uma semana depois de ter publicado um primeiro decreto, “considerando a rápida evolução da pandemia” do novo coronavírus e “levando em consideração as observações recebidas das Conferências Episcopais”.
Como a data da Páscoa não pode ser transferida, nos países afetados pela doença, onde estão previstas restrições aos encontros e movimentos de pessoas, os bispos e os presbíteros celebram os ritos da Semana Santa sem a participação do povo e em local adequado, evitando a concelebração e omitindo o abraço da paz, assinala o documento.
O Vaticano pede que as comunidades católicas sejam informadas do horário de início das celebrações, para que se possam se unir em oração, através das transmissões ao vivo, nos meios de comunicação social e redes sociais.