Papa presta homenagem a profissionais de saúde que morreram na pandemia do Covid-19

O Papa recordou hoje no Vaticano os profissionais de saúde que morreram durante a pandemia do Covid-19, elogiando a sua dedicação.

“Rezemos hoje pelos mortos, os que perderam a vida por causa do vírus. De modo especial, gostaria que rezássemos pelos profissionais de saúde que morreram nestes dias: deram a vida ao serviço dos doentes”, disse, antes de presidir à Missa na Capela da Casa de Santa Marta, com transmissão online.

Horas depois, na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano, Francisco uniu-se ao apelo dos bispos italianos para convocar um momento de oração por todos os afetados pela “emergência sanitária”.

“Cada família, cada fiel, cada comunidade religiosa: todos unidos espiritualmente, amanhã (quinta-feira), pelas 21h00, na recitação do Rosário, com os mistérios luminosos. Eu vos acompanharei, desde aqui”, indicou.

“Pedimos proteção de modo especial para as nossas famílias, os doentes, as pessoas que cuidam deles: médicos, enfermeiras, voluntários, que arriscam a sua vida neste serviço”, referiu o Papa.

O Papa assinalou ainda que a habitual celebração penitencial da Quaresma, as ’24 horas para o Senhor’, vai decorrer entre sexta-feira e sábado, como um momento especial de oração e de reconciliação, evocando “especialmente quantos estão em provação por causa da pandemia”.

“Infelizmente, em Roma, na Itália e noutros países, esta iniciativa não vai poder decorrer nas formas habituais, devido à emergência do coronavírus”, observou, recomendando a todos que vivem este “momento penitencial com a oração pessoal”.

A intervenção recordou também a celebração anual da solenidade litúrgica de São José (19 de março), que coincide em muitos países com o Dia do Pai.

“Na vida, no trabalho, na família, na alegria e na dor, São José procurou e amou sempre o Senhor, merecendo o elogio da Escritura como homem justo e sábio. Invocai-o sempre, especialmente nos momentos difíceis, e confiai a este grande santo a vossa existência”, recomendou.

A catequese seminal, à porta fechada por causa da propagação do Covid-19, centrou-se na quinta bem-aventurança, ‘Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia’.

“A misericórdia não é uma dimensão entre outras, mas é o centro da vida cristã: não há cristianismo sem misericórdia.  Se todo o nosso Cristianismo não nos levar à misericórdia, seguimos o caminho errado, porque a misericórdia é o único objetivo verdadeiro de qualquer jornada espiritual. É um dos mais belos frutos da caridade”, afirmou ainda.

Papa recordou que este é um tema presente desde o primeiro ângelus do pontificado, em 2013: “Foi algo que se imprimiu em mim, como uma mensagem que teria de oferecer sempre, como Papa, uma mensagem que deve ser de todos os dias, a misericórdia”.

“A misericórdia de Deus é a nossa libertação e a nossa felicidade. Vivemos da misericórdia e não podemos dar-nos ao luxo de ficar sem misericórdia, é o ar que respiramos”, acrescentou.

No final da transmissão, Francisco saudou quem o acompanhava, saudando os ouvintes de língua portuguesa.

“A todos vos saúdo e encorajo no caminho quaresmal que nos é proposto, embora num modo um pouco diferente do que era habitual nos outros anos. Mas Deus, Pai de Misericórdia, sabe-o! Desejo-vos um caminho abençoado, que vos permita seguir e imitar mais de perto Jesus, a Misericórdia divina em pessoa”, disse.

 

Scroll to Top